A reação dos policiais federais após a facada de Bolsonaro e a prisão de Adélio
Os agentes da Polícia Federal envolvidos na segurança de Jair Bolsonaro em 2018 saem pessimamente mal das páginas de “O ovo da serpente”
atualizado
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Os agentes da Polícia Federal envolvidos na segurança de Jair Bolsonaro em 2018, no dia da facada, saem pessimamente mal das páginas de “O ovo da serpente”, livro-reportagem que a jornalista Consuelo Dieguez lança este mês pela Companhia das Letras. Na obra, a repórter reconstitui a explosão da nova direita, a partir de 2013 até a eleição de Bolsonaro.
Dieguez refaz já no prólogo o dia 6 de setembro de 2018, quando Adélio Bispo esfaqueou o então candidato. Conta que os policiais federais, que falharam em garantir a segurança de Bolsonaro, surraram Adélio após prendê-lo, espancamento que só foi interrompido por ordem de outro policial.
E revela que, enquanto Bolsonaro era operado na Santa Casa de Juiz de Fora, os policiais estavam ao telefone com Brasília, aos prantos.
Escreveu a jornalista:
“Ao contrário do homem detido, os agentes federais responsáveis pela segurança de Bolsonaro estavam descontrolados. Dois deles, agarrados aos celulares, choravam enquanto falavam com interlocutores que, pelo teor das conversas, pareciam ser seus superiores em Brasília. Desesperados, diziam coisas como: ‘Nós estamos fodidos’, ‘Vão tirar a gente de Brasília e mandar pra fronteira’, ‘Vão mandar a gente pros infernos’”.