A militância petista mudou de posição sobre Tabata Amaral, que nesta semana jantou com Lula e anunciou apoio à candidatura do ex-presidente, após quase quatro anos espumando para o lado de Tabata.

Na sexta-feira (29/7), a deputada divulgou em suas redes sociais um texto em apoio à chapa Lula-Alckmin. “Lucidez para deixar nossas diferenças de lado e unir forças para reconstruir o país”, escreveu, defendendo o voto em Lula para derrotar Bolsonaro já no primeiro turno. No mesmo dia, Tabata apareceu em uma foto ao lado de Lula e a socióloga Rosângela Silva, a Janja, casada com o petista.

Nas três principais redes sociais, os comentários foram neutros ou de apoio. As reações com mais curtidas foram favoráveis à deputada. Quem a atacou ao longo dos últimos anos silenciou.

Os ataques a Tabata Amaral começaram no início do governo Bolsonaro, quando foi alvo do PT e de outros setores da esquerda por ter votado a favor da reforma da Previdência, o que custou uma perseguição interna no PDT e sua saída, com autorização do Tribunal Superior Eleitoral.

No ano passado, o ator José de Abreu compartilhou um post que dizia, em alusão a Tabata: “Se encontro na rua, soco até ser preso”. Depois, pediu desculpas e afirmou não concordar com o teor da postagem retuitada. Tabata o processa na Justiça.

Em 2020, o youtuber Paulo Ghiraldelli xingou a deputada de “sem vergonha, falsa e vagabunda”. Dois anos depois, o agressor foi condenado na Justiça de São Paulo por injúria.

Nestes e em outros ataques, Tabata não recebeu manifestações solidárias da cúpula do PT nem de deputadas petistas.

Assista à entrevista de Tabata Amaral à coluna: