A preocupação de Ana Botín, do Santander, com o WhatsApp
Presidente global do banco diz que discrepância na cobrança de impostos de instituições de pagamento coloca em risco o financiamento estatal
atualizado
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Nas últimas conversas que manteve com interlocutores no Brasil, a presidente global do Santander, Ana Botín, demonstrou preocupação com a entrada de players no mercado financeiro que não estão sujeitos aos impostos cobrados dos bancos tradicionais.
Um dos exemplos que Botín usa na argumentação é o sistema de pagamentos do WhatsApp, que, segundo ela, tem uma taxação próxima a zero.
Botín tem dito que enxerga riscos para o financiamento estatal se não houver uma discussão sobre quais impostos serão cobrados de serviços dessa natureza. Ela afirma que esse é um problema de ordem mundial e que deverá ser encarado com urgência pelos governantes.
No Brasil, os grandes bancos iniciaram um movimento de contestação às instituições de pagamento no mês passado, após a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) publicar um texto no LinkedIn acusando as fintechs de não terem compromisso com o recolhimento de impostos nem com obrigações trabalhistas. A postagem foi direcionada para o Nubank e para a Zetta.