A nova cenourinha que Bolsonaro abana para segurar o presidente do STJ
O Palácio do Planalto arrumou uma nova maneira de manter o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, como um aliado
atualizado
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O Palácio do Planalto arrumou uma nova maneira de manter o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, como um aliado, depois que André Mendonça foi aprovado no Senado e acabaram de vez as chances de Martins chegar ao STF.
Agora, a promessa que interlocutores de Jair Bolsonaro vêm fazendo ao ministro é que ele será ouvido na escolha dos dois próximos ministros do tribunal, que será feita no ano que vem, depois que o STJ submeter uma lista com quatro nomes para a apreciação do presidente.
A campanha para levar Martins ao STF, liderada por políticos do Centrão e defendida por Flávio Bolsonaro e até por um ministro do STF pouco simpático a Mendonça, só parou agora, quando o ex-AGU foi aprovado no plenário do Senado.
A coisa não havia esfriado nem em 7 de outubro, quando Humberto Martins completou 65 anos, idade que a Constituição estabelece como limite para alguém ser indicado ao STF.
Há duas semanas, Arthur Lira conseguiu aprovar na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara a proposta de emenda à Constituição que permitiria ao presidente do STJ voltar ao jogo, caso Mendonça fosse reprovado. Tudo estava sendo negociado para ser aprovado no plenário ainda este ano.
No caso do naufrágio de André Mendonça, daria tempo de aprovar no Senado no começo do ano que vem e em seguida insistir com Bolsonaro para que o escolhido para a vaga de Marco Aurélio Mello fosse Humberto Martins.
Para espanto de colegas de Martins no STJ, que já sabiam que sua expectativa de ser indicado por Bolsonaro nunca seria correspondia, a promessa de ser ouvido nas nomeações do STJ surtiram efeito. O presidente do STJ voltou a dar sinais de que seguirá como um aliado do Palácio do Planalto.