A mudança do governo Bolsonaro sobre a Taurus
Presidente pedia fim do monopólio da empresa, mas integrantes do governo visitam planta da fabricante
atualizado
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A relação de Jair Bolsonaro e dos que o cercam com a Taurus parece estar mudando.
Ainda na campanha, o então candidato era uma pedra no sapato da empresa: defendia o fim do monopólio da Taurus e dizia que as armas da empresa apresentavam defeitos e disparos acidentais que resultavam em morte de policiais.
A gestão de Bolsonaro, no entanto, foi útil à fabricante. Após a edição de decretos para flexibilizar a compra de armas, as ações da empresa disparam.
No ano passado, durante uma viagem de Bolsonaro à Índia, em missão comercial, a Taurus assinou uma joint venture com uma empresa indiana. Pelo acordo, a Jindal Group pode fabricar armas na Índia com tecnologia brasileira.
O último ato foi ontem, quando o ministro da Defesa, Braga Netto, e uma comitiva de integrantes do governo visitaram a Taurus em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
No encontro, Braga Netto fez um tour pelo cardápio da Taurus: revólveres, pistolas, submetralhadoras, fuzis, carabinas, rifles e espingardas.