A matemática de Moro para ser o candidato viável da terceira via
Pessoas que circundam Sergio Moro fizeram os cálculos para que o ex-juiz possa encabeçar o projeto presidencial da terceira via
atualizado
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O ex-juiz Sergio Moro trabalha com duas metas para se tornar o candidato capaz de encabeçar o projeto presidencial da terceira via em 2022. A primeira missão é somar ao menos 10% das intenções de voto nas pesquisas programadas para dezembro.
Com o barulho que a filiação de Moro ao Podemos provocou na política e na imprensa, os aliados do ex-juiz acreditam que será possível bater essa meta com tranquilidade.
O segundo objetivo é mais desafiador: alcançar entre 15% a 18% das intenções de voto até abril de 2022. Segundo a avaliação, a porcentagem seria suficiente para desbancar os outros candidatos da terceira via e colocaria Moro com chances reais de ir ao segundo turno, considerando que Bolsonaro terá uma taxa próxima a 20% das intenções de voto. Moro teria de roubar votos de Bolsonaro para disputar o Planalto com o ex-presidente Lula.
Os cálculos feitos pela pré-candidatura de Moro são semelhantes aos que eram traçados por Luciano Huck na época em que o apresentador sonhava com a Presidência. Huck abandonou a disputa quando percebeu que a reabilitação política de Lula o impedia de crescer no ritmo que havia projetado. Na ausência do petista, Huck apresentava bons números em Minas Gerais e no Nordeste, redutos onde o ex-presidente costuma ir bem.
Huck, inclusive, mantém uma relação próxima com Moro. O ex-juiz fez questão de ligar para o apresentador e contar que lançaria um projeto presidencial antes de anunciar a filiação ao Podemos publicamente.