A força-tarefa da oposição para conseguir assinaturas para CPI do MEC
Deputados querem aproveitar fervor da prisão de Milton Ribeiro
atualizado
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Alguns deputados da oposição vêm fazendo uma força-tarefa na Câmara para conseguir as 171 assinaturas necessárias para abrir a CPI do MEC. A intenção é aproveitar o fervor da prisão de Milton Ribeiro e não deixar que a CPI do Preço dos Combustíveis alcance o número de assinaturas primeiro.
A CPI na Câmara, entretanto, ainda está longe de conseguir o número necessário de assinaturas. O requerimento conta apenas com 81 apoiadores, mas a força-tarefa, encabeçada pelo deputado Professor Israel, do PSB do Distrito Federal, planeja mudar o cenário nos próximos dias.
“Temos que evitar que o governo crie uma cortina de fumaça com a CPI da Petrobrás, que não tem a intenção de construir nada”, disse o parlamentar, que é presidente da Comissão de Educação da Câmara e responsável pelo pedido de abertura da CPMI do MEC.
Ao ver a retomada de fôlego da CPI do MEC no Senado, deputados bolsonaristas ficaram com medo de o mesmo ocorrer na Câmara e pressionaram os líderes das bancadas a pedirem assinaturas para a CPI do Preço dos Combustíveis. Até o início da tarde desta quinta-feira (23/6), o requerimento de abertura da Comissão já tinha 132 assinaturas. Faltando, assim, apenas 39.
Tanto deputados governistas, quanto os de oposição, têm o entendimento de que se as duas CPIs recolherem as assinaturas necessárias, nenhuma será de fato aberta na casa. Os bolsonaristas, contudo, acreditam que a forte articulação política fará com que a CPI do MEC não se viabilize, mesmo com o momento “oportuno” e que a CPI do Preço da Petrobrás será aprovada por Arthur Lira.