A estratégia e a aposta de Eduardo Leite sobre o futuro da 3ª via
O grupo de Eduardo Leite está convicto de que os partidos da terceira via já escolheram um candidato — e que ele não será João Doria
atualizado
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O ex-governador Eduardo Leite definiu com aliados do seu grupo político que ficará recolhido no Rio Grande do Sul até os partidos da terceira via escolherem a senadora Simone Tebet como a candidata ao Planalto. Essa é a aposta do momento, mas tudo pode mudar, de um dia para o outro, no “centro democrático”.
Tucanos mais próximos a Leite dizem que o gaúcho aguardará – em silêncio – o desfecho das conversas, porque tem condições de despontar como o vice na chapa da emedebista.
Leite está convicto de que a candidatura de João Doria será barrada pelos partidos da terceira via. Com a saída do União Brasil do grupo, o martelo será batido por PSDB, MDB e Cidadania.
Essas legendas definiram que uma decisão será tomada até o dia 18 de maio, e ainda restam pendências importantes no processo. Os dirigentes partidários dizem que precisam encontrar uma saída honrosa para Doria e que, por ora, não existe propostas na mesa para o ex-governador de São Paulo. Todos duvidam que o político paulistano aceitaria se candidatar a vice.
Há também uma ala do grupo de Leite que se opõe à possibilidade de o gaúcho ser vice de Tebet. Para esses tucanos, Leite deve disputar o governo do Rio Grande do Sul, se não encabeçar a chapa presidencial.
Leite divulgou uma carta, na última sexta-feira (22/4), dizendo que se retirava da disputa e que apoiaria Doria como o candidato do PSDB. Na terceira via, o documento foi visto como a forma que Leite encontrou para não ter digitais na decisão que deve inviabilizar o projeto do ex-governador paulista.