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A estratégia do Podemos para que Sergio Moro tenha um palanque em SP

O Podemos quer costurar o apoio a Rodrigo Garcia com a liberdade para lançar uma candidatura avulsa ao Senado por São Paulo

atualizado

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sergio moro
1 de 1 sergio moro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Podemos informou ao PSDB que só apoiará a campanha do tucano Rodrigo Garcia ao governo de São Paulo se receber autorização para lançar uma candidatura avulsa ao Senado. Foi a saída encontrada pelo partido a fim de criar um palanque para Sergio Moro no maior colégio eleitoral do país.

O apoio a Garcia dependeria da retirada da pré-candidatura de Renata Abreu ao governo estadual. A presidente do Podemos colocou o nome à disposição após a desistência de Arthur do Val, mas a entrada de Renata na disputa foi interpretada como uma forma de o partido ganhar força para negociar o espaço na chapa de Garcia.

Se o acordo com Garcia for concretizado, o deputado estadual Heni Ozi Cukier será o candidato do Podemos ao Senado. Ele se filiou ao partido na semana passada e está cumprindo agendas políticas com Moro na Alemanha.

Moro enfrenta um impasse em São Paulo desde o vazamento dos áudios sexistas que minaram o projeto de Arthur do Val. A candidatura avulsa ao Senado seria uma forma de reconstituir o palanque no estado onde o ex-juiz prevê um crescimento de intenções de voto para os próximos meses.

Garcia indicou a formação da chapa majoritária com o apresentador José Luiz Datena, do União Brasil, como o candidato ao Senado. O tucano negocia o posto de vice-governador com o MDB.

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
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Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

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Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro

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Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente

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No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação

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“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente

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Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão

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Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão

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Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro

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Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República

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A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas

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