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- Foto: Reprodução
Lula está entrando, aos poucos, nas igrejas evangélicas. O movimento se dá em duas frentes: seu interlocutor oficial com os cristãos, Paulo Marcelo Schallenberger, e projetos liderados por pastores independentes que se posicionam contra Jair Bolsonaro.
“Quando a gente repete que toda a comunidade evangélica está com Bolsonaro, a gente acaba transformando esse discurso em uma realidade que não existe. Há muitas pessoas cristãs que não concordam com o governo e querem mudar essa realidade”, disse o pastor à coluna.
O projeto tem o objetivo, segundo Vieira, de levar o debate político da esquerda para o mundo evangélico e desconstruir a ideia de que todo cristão é a favor de Bolsonaro. Pastores de igrejas de todo o Brasil já aderiram à campanha e participam dos grupos de discussão que acontecem semanalmente.
O eleitorado evangélico foi decisivo para Bolsonaro se eleger em 2018. Na última pesquisa Datafolha para as eleições deste ano, Bolsonaro aparece com 46% de votos entre os evangélicos, enquanto Lula aparece com 44%.
Para Vieira, esta é a prova de que o ex-presidente petista não é tão rejeitado na comunidade cristã.
“Bolsonaro e seus aliados querem que todos acreditem que Lula não tem entrada nas igrejas evangélicas”, frisou o pastor.
A campanha do PT vem tentando se aproximar de lideranças evangélicas para conseguir solidez no eleitorado cristão, principalmente no Rio de Janeiro. A tarefa é considerada, dentro do PT, como um “trabalho de formiguinha”, uma vez que Lula não conta com apoio de grandes líderes evangélicos, como Bolsonaro.
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
Fábio Vieira/Metrópoles
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
Reprodução/YouTube
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
Fábio Vieira/Metrópoles
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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto
Reprodução
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