A dúvida do PSL entre apoiar Rodrigo Garcia ou abrir as portas ao MBL
O vice-governador integraria o PSL à máquina do governo paulista, enquanto o MBL pode ser um puxador de votos para a Câmara dos Deputados
atualizado
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Um dilema se instaurou no PSL de São Paulo. Políticos que organizam o partido para a eleição de 2022 precisarão decidir se a sigla apoiará a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia, do PSDB, ao Palácio dos Bandeirantes ou se as portas da legenda serão abertas para a filiação de lideranças do MBL.
Há um questionamento sobre o que é mais vantajoso para o PSL. Se Rodrigo Garcia vencer a eleição com a sigla na base de apoio, os controladores do PSL acreditam que haverá o desenvolvimento da estrutura do partido dentro da máquina do governo paulista.
Garcia, no entanto, é visto como um personagem que agregaria pouco ao PSL em termos eleitorais. Sem Bolsonaro, o partido terá em 2022 o desafio de repetir o desempenho avassalador que obteve no último pleito. Só em São Paulo, o PSL elegeu dez deputados federais em 2018.
Nesse caso, a parceria com MBL poderia ser frutífera em função da forte presença digital e dos seguidores cativos do grupo. O deputado Kim Kataguiri, o principal nome cortejado pela direção paulista do PSL, também é visto como um puxador de votos para a Câmara.
O desafio seria acertar os ponteiros com Garcia, já que a filiação de lideranças do MBL deve acarretar no lançamento da candidatura de Arthur do Val, o Mamãe Falei, ao governo do estado. Do Val é crítico ao governador João Doria e não declarou apoio ao tucano Bruno Covas no segundo turno da disputa municipal de 2020, contra Guilherme Boulos.
A decisão sobre o que será feito em São Paulo caberá ao mandatário do PSL, o deputado Luciano Bivar.