A desculpa da Alerj para mais uma extorsão a Cláudio Castro
O mesmo grupo de deputados da Alerj que conseguiu derrubar dois secretários da Polícia Civil tem uma nova desculpa para arrancar mais cargos
atualizado
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O mesmo grupo de deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que conseguiu derrubar dois secretários da Polícia Civil tem agora a desculpa perfeita para arrancar mais um cargo do governador Cláudio Castro.
Os políticos querem usar a atuação da Polícia Militar — ou a falta dela — no ataque coordenado da milícia, no dia 23 de outubro, para derrubar o secretário da corporação, o coronel Luiz Henrique Marinho Pires.
O desejo, entretanto, não nasceu após os incêndios de 37 ônibus e um trem. Desde que as pressões pelo comando da Polícia Civil começaram, a Alerj, o Palácio Guanabara e o próprio coronel Luiz Henrique sabiam que a Polícia Militar seria o próximo alvo.
A desculpa para a retirada do secretário, segundo alega o grupo de deputados liderado pelo presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, seria a relação que o inspetor de Polícia Civil Fernando Hakme teria com a nomeação de Luiz Henrique. Assessor de Castro no Guanabara, Hakme ditava as regras na Segurança Pública do Rio de Janeiro desde que Castro assumiu o governo.
No último mês, o governador nomeou dois secretários de Polícia Civil. O primeiro, José Renato Torres, que durou três semanas no cargo, caiu por pressão do grupo de deputados.
Esses parlamentares indicaram o delegado Marcus Amim para chefiar a corporação. Amim assumiu após Castro mudar a Lei Orgânica da Polícia Civil para possibilitar a nomeação, porque ele nem sequer tinha 10 anos como delegado, como era estipulado.