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A data em que Alexandre de Moraes seria preso em São Paulo

PF encontrou em mensagens data para possível prisão de Moraes, como parte de plano para golpe de Estado

atualizado

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Argumento Bolsonaro Ministro STF Alexandre de Moraes durante sessão no STF - Metrópoles
1 de 1 Argumento Bolsonaro Ministro STF Alexandre de Moraes durante sessão no STF - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Nas investigações da Operação Tempus Veritatis, a Polícia Federal descobriu detalhes do monitoramento feito por aliados de Jair Bolsonaro sobre o ministro Alexandre de Moraes. O relator das investigações sobre milícias digitais e atos golpistas no STF seria preso como uma das medidas para um golpe de Estado.

Em mensagens trocadas por um general de brigada da reserva, Laércio Virgílio, e Ailton Barros, amigo de Jair Bolsonaro, a PF encontrou uma possível data para uma prisão de Moraes. Ele seria detido em sua casa, em São Paulo, em 18 de dezembro de 2022.

“O General VIRGÍLIO sabia que o Ministro estaria em sua residência em São Paulo no dia 18/12/2022, para o cumprimento de uma eventual ordem ilegal de prisão, em decorrência de golpe de Estado”, escreveu Moraes na decisão que autorizou a ação da PF nesta quinta.

Em outros chats, entre o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, que fechou acordo de delação premiada com a PF, e o ex-assessor Marcelo Costa Câmara, coronel reformado, os investigadores encontraram informações sobre uma viagem de Moraes a São Paulo entre 16 e 19 de dezembro de 2022.

Uma mensagem encaminhada por Câmara a Cid em 16 de dezembro disse que Moraes “viajou para SP hoje, retorna na manhã da segunda-feira e viaja novamente para SP mesmo dia. Por enquanto só retorna a Brasília pra posse do ladrão. Qualquer mudança que saiba lhe informo”.

Como mostrou a coluna, a PF apontou à Procuradoria-Geral da República e a Moraes que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, Augusto Heleno, além de Marcelo Costa Câmara e Mauro Cid, monitoraram o ministro do STF com o intuito de prendê-lo após a assinatura de um decreto de golpe de Estado.

Heleno, Câmara e Cid, segundo a PF, integraram um “núcleo de inteligência paralela”, que teria ficado responsável pela coleta de dados e informações que auxiliassem o ex-presidente na consumação do golpe.

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