A costura entre PT e MDB que ganha força no Rio Grande do Norte
Partidos vislumbram dois tipos de aliança para a eleição de 2022, mas negociação para o MDB assumir a vice de Fátima Bezerra teve um impulso
atualizado
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As negociações para que o MDB assuma a vice da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, ganharam um impulso nos últimos dias. Caso a aliança com o PT se concretize, o deputado federal Walter Alves, presidente do diretório potiguar do MDB, ficará com o posto na chapa que disputará a reeleição em 2022.
Walter Alves é filho do ex-governador Garibaldi Alves Filho, que se reaproximou de Lula com o surgimento de dois potenciais candidatos bolsonaristas no estado. Os ministros Rogério Marinho e Fábio Faria travam uma batalha silenciosa para concorrer ao Senado com o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Se Walter Alves se tornar vice de Fátima Bezerra, o MDB aproveitará o potencial de Garibaldi Alves para puxar votos e o lançará a deputado federal. Já o candidato ao Senado na chapa teria de ser negociado. Um dos nomes ventilados é o de Ezequiel Ferreira, presidente da Assembleia Legislativa, mas sua filiação ao PSDB pode ser um entrave.
Hoje, o vice-governador potiguar é o ex-procurador Antenor Roberto, que é filiado ao PCdoB.
Um segundo formato de aliança permanece em discussão. Se o MDB não ficar com a vice, Garibaldi Alves será candidato ao Senado com o apoio de Fátima Bezerra. Neste caso, Walter Alves buscará a reeleição.
Walter Alves foi ao jantar que o ex-senador Eunício Oliveira organizou para Lula em Brasília, na semana passada. Quando foi questionado por emedebistas sobre sua presença no evento, o deputado respondeu que atendeu a um pedido do pai para representá-lo.