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A aluna que processou Marçal por uma falsa promessa do coach

Entre os tópicos das aulas de Pablo Marçal estavam: “Deixe de ser idiota”e “Vá para guerra”

atualizado

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Pablo Marçal
1 de 1 Pablo Marçal - Foto: Divulgação

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou um pedido de restituição e indenização de uma ex-cliente do coach Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, por falsas promessas de riqueza rápida. Na decisão, no mês passado, o juiz afirmou que um adulto não pode acreditar que vai enriquecer apenas por fazer um curso.

“Quanto à alegação de propaganda enganosa, não é crível que pessoa adulta fie-se na inevitabilidade de seu enriquecimento financeiro pelo mero fato de realizar um curso de capacitação. O excesso verbal é característico de certa espécie de propaganda, sobretudo quando se refere a ganhos rápidos e vultosos”, escreveu o juiz João Guilherme Ponzoni Marcondes.

Em abril, Deise Aparecida de Paula havia pedido à Justiça que Marçal lhe devolvesse os R$ 256 mil gastos com os cursos do coach e lhe pagasse R$ 25 mil de danos morais. No começo, De Paula ficou animada com as promessas de Marçal, mas depois percebeu que as aulas traziam apenas informações básicas de marketing, disponíveis em uma rápida busca na internet. Entre os tópicos das aulas estavam: “Deixe de ser idiota”, “Vá para guerra” e “Ame os problemas”.

“Marçal e a empresa deixaram de cumprir as promessas de riqueza e controle emocional formuladas durante o evento, deixando a requerente em uma situação de desespero financeiro e emocional”, afirmou de Paula, acrescentando: “O curso mostrou-se superficial […], com falsas promessas de riqueza rápida e controle emocional”.

O coach apresentou sua defesa em junho, já como pré-candidato à prefeitura paulistana. Segundo Pablo Marçal, os cursos não prometiam enriquecimento financeiro, “e sim mudança de mentalidade e desbloqueios emocionais”.

“Não há nenhuma promessa de ‘ficar milionário ou rico de forma rápida’. Pelo contrário, depende única e exclusivamente de o aluno colocar em prática, aplicar e desenvolver todo o conteúdo do curso”, afirmou o coach à Justiça.

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metropoles.comGuilherme Amado

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