700 hidrelétricas de pequeno porte aguardam leilões do governo
Ministério diz que análise dos próximos leilões está em fase final; Aneel aprovou 700 pequenas centrais hidrelétricas
atualizado
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Cerca de 700 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aguardam leilões do governo Lula para sair do papel e começar a operar. O último leilão foi feito há dois anos, no fim do governo Bolsonaro.
Essas usinas precisam ser contratadas dentro do sistema regulado, o que acontece por meio de leilões programados pelo governo federal para expandir a capacidade energética do país. Sem o leilão, as geradoras correm o risco de não conseguirem vender a energia gerada.
Um dos argumentos do setor junto ao governo federal para a retomada dos leilões é a efetivação das áreas de preservação permanente, locais de proteção previstos pelo Código Florestal e que passam a ser fiscalizados de perto na operação das usinas. Atividades como a pecuária e a indústria não são alvos do mesmo rigor das autoridades, segundo o grupo.
Se as 700 PCHs pendentes operassem, a área de preservação permanente total seria maior do que a cidade de São Paulo. Essa área busca proteger rios, nascentes, biodiversidade e até a estabilidade geológica da região afetada pela usina.
Hoje, o Brasil tem 497 pequenas centrais hidrelétricas em funcionamento, e outras 32 em fase de construção.
Procurado, o Ministério de Minas e Energia afirmou que está na etapa final da análise dos próximos leilões. Leia a íntegra do comunicado do ministério:
“O Ministério de Minas e Energia informa que fez a consulta pública para o Leilão de Potência e que o processo está na fase final de análise e formatação do certame. Em relação ao leilão de energia nova, o mesmo também foi objeto de consulta pública este ano, que está em fase final das análises das contribuições e definição das diretrizes”.