305 mil pedem afastamento de juíza que dificultou aborto legal em SC
Alvo do Conselho Nacional de Justiça, juíza Joana Ribeiro Zimmer atuou para impedir aborto legal de criança estuprada
atualizado
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Pelo menos 305 mil pessoas cobraram que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afaste a juíza Joana Ribeiro Zimmer, que tentou impedir o aborto legal em uma menina de 11 anos que havia sido estuprada. No último dia 15, poucos dias antes de a atuação da magistrada na audiência judicial vir a público, Zimmer foi promovida na Justiça de Santa Catarina.
O abaixo-assinado é organizado pelo coletivo feminista Juntas!. “A juíza Joana Ribeiro Zimmer tem atuado contra o estatuto da Magistratura e a Lei Mari Ferrer, que resguarda vítima de violência no processo judicial”, afirmou o documento.
Na segunda-feira (20/6), a juíza Joana Ribeiro Zimmer apareceu em um vídeo perguntando se a menina de 11 anos, estuprada, “suportaria ficar mais um pouquinho com o bebê”, e se o estuprador “concordaria” com a adoção do eventual bebê.
A interrupção da gravidez, que é permitida no Brasil em casos de estupro, aconteceu na quarta-feira (22/6), somente após um pedido do MPF. O Hospital Universitário de Florianópolis havia negado o procedimento previsto em lei.
Além de investigações disciplinares contra Zimmer no CNJ, a promotora do caso, Mirela Dutra Alberton, também é alvo de apuração no Conselho Nacional do Ministério Público.