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“Volta aos tempos da ditadura”, diz defesa do homem que atirou carro contra o Ministério da Justiça

A advogada Kelly Moreira afirmou que o ato praticado por Luiz Antônio Iurkiewiecz ocasionou “incidente ínfimo, sem qualquer dano”

atualizado

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palácio da justiça
1 de 1 palácio da justiça - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A advogada Kelly Moreira, que representa o homem acusado de atirar carro contra a sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública, disse que “puni-lo nos rigores da Lei de Segurança Nacional é voltar aos tempos da ditadura, intolerável no estado democrático de direito”.

Luiz Antônio Iurkiewiecz foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por crime contra a Segurança Nacional. Segundo as investigações, ele queria promover um atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF), mas errou o prédio e parou no Palácio da Justiça.

O caso ocorreu no dia 15 de novembro. O veículo Renault Duster acabou no espelho d’água do prédio e não chegou a atingir a portaria do palácio, como planejado por Iurkiewiecz.

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O veículo foi retirado do local às 5h30
Palácio da Justiça, sede do MJSP
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Renault Duster sem motorista invadiu espelho d'água do Palácio da Justiça

Polícia Militar/Divulgação
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O veículo foi retirado do local às 5h30

Divulgação/PMDF
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Palácio da Justiça, sede do MJSP

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Kelly afirmou que “se admira e estranha com a denúncia oferecida com fundamento na Lei de Segurança Nacional, uma vez que não houve aviltamento à democracia, a integridade territorial e nem, tampouco, a soberania nacional”. “O ato praticado ocasionou incidente ínfimo, sem qualquer dano”, frisou.

“A lei de Segurança Nacional deveria ter sido revogada quando teve fim a ditadura militar. A Constituição Federal de 1988 não comporta termos vagos e impreciso que buscam punir o cidadão que se manifesta”, diz trecho da nota.

Leia, na íntegra, a nota da defesa de Iurkiewiecz:

Nota da defesa de homem que jogou carro contra Ministério da Justiça
Nota da defesa de homem que jogou carro contra Ministério da Justiça

Iurkiewiecz estava com uma espingarda calibre 12, duas espadas, dois canivetes, um arco e sete flechas de madeira. Ele foi preso em flagrante em 15 de novembro e continua detido. A 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal aceitou a denúncia do MPF no dia 18 de janeiro.

Decisão

O juiz federal substituto Umberto Paulini manteve a prisão preventiva do réu, em decisão expedida na última terça-feira (19/1). A medida cautelar de internação em clínica psiquiátrica foi revogada em razão da falta de interesse de Iurkiewiecz.

“Com efeito, ao longo da investigação observa-se que o denunciado denota especial resistência aos valores e regramentos sociais, isso, pode ser constatado em suas recentes prisões, por porte ilegal de arma de fogo”, assinalou o magistrado.

Kelly informou que a defesa vai recorrer da decisão.

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