Vídeo. “Jamais vão se repetir”, diz secretário de Segurança, Sandro Avelar, sobre atos do dia 8/1
Em entrevista, Sandro Avelar falou à coluna sobre fim da intervenção federal, atuação da PM e cooperação entre forças de segurança
atualizado
Compartilhar notícia
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, disse à coluna Grande Angular que as cenas de destruição do último dia 8 de janeiro, em Brasília, “jamais vão se repetir”.
Dois dias após o fim da intervenção federal sobre a segurança pública do DF, Sandro Avelar falou à coluna sobre atuação da Polícia Militar, reforço do efetivo, proposta de criação da Guarda Nacional e as prioridades da gestão.
Sandro Avelar disse que é “estranho” o fato de não terem sido empregadas, no dia 8, na Esplanada dos Ministérios, unidades especializadas em lidar com um distúrbio civil daquela magnitude. Extremistas invadiram, depredaram o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) e protagonizaram as imagens de atentado contra a democracia brasileira que circularam o mundo.
“Nós vamos aguardar o final das investigações para ter respostas definitivas, mas eu tenho certeza que isso não vai voltar a acontecer. Brasília vai voltar a ser vista como a capital pacífica que sempre foi, em prol da democracia. Confio plenamente nas forças que compõem a segurança pública”, afirmou.
Assista:
O novo secretário de Segurança Pública foi nomeado pelo interventor federal, Ricardo Cappelli, no último dia 26 de janeiro. A pasta estava sem chefe desde que o anterior, Anderson Torres, foi exonerado em meio aos atos terroristas. Torres acabou preso seis dias depois, por ordem do STF no âmbito da investigação de suposta conivência de autoridades diante da ação extremista.
Sandro Avelar é delegado da Polícia Federal. Ele atuou como secretário de Segurança Pública do DF, pela primeira vez, de 2011 a 2014, durante o governo de Agnelo Queiroz (PT). Doze anos depois, retorna à pasta em um cenário diferente, em meio a uma crise institucional e com as forças de segurança deficitárias.
Legado da intervenção
Na avaliação de Sandro Avelar, o secretário executivo do Ministério da Justiça que atou como interventor, Ricardo Cappelli, foi “hábil” e “muito sereno ao tomar decisões ponderadas, equilibradas e que, em nenhum momento, colocou à prova a confiança nas instituições que compõem a segurança pública”.
O secretário de Segurança Pública do DF disse que a intervenção federal deixa um legado de interação entre as forças de segurança distritais e federais para garantir a paz na capital da República.
“As polícias legislativas, as polícias do Judiciário e as polícias da União (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional) têm sido convidadas e têm participado de reuniões conosco aqui na Secretaria de Segurança, porque essa responsabilidade e essa preocupação é de todos. Então, essa soma de esforços com certeza haverá de ser muito produtiva para que eventos como aquele não voltem a acontecer”, afirmou.
Guarda Nacional
Após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, o governo federal cogita criar uma Guarda Nacional para proteger os prédios, atribuição que hoje é da Secretaria de Segurança Pública do DF. Sandro Avelar disse que essa proposta surge em “momento de exceção” e defendeu que a Polícia Militar receba reforço no número de servidores.
“Eu relembro que a Polícia Militar do Distrito Federal já enfrentou manifestações muito maiores que a manifestação do dia 8 e sempre se saiu muito bem, contendo eventuais atos de violência com energia, mas com muita ponderação. Então, o que eu defendo hoje é que nós tenhamos a atenção para esse número, que é um número do déficit de policiais militares, que ao longo dos últimos anos vem caindo cada vez mais”, afirmou.
Assista à entrevista de Sandro Avelar, na íntegra: