Vice-presidente da CLDF sugere ao secretário de Saúde compra direta da Sputnik V
No exercício da Presidência da CLDF, Delmasso aconselhou que GDF faça consulta à União Química para fornecer vacina russa ao DF
atualizado
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O vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado distrital Delmasso (Republicanos), sugeriu à Secretaria de Saúde a compra direta da Sputnik V, vacina russa contra a Covid-19. Delmasso está no exercício da Presidência da CLDF porque o presidente, Rafael Prudente (MDB), se afastou da função até 27 de janeiro.
Em ofício assinado na quarta-feira (20/1), Delmasso aconselha Osnei a consultar a União Química sobre a possibilidade de fornecer a Sputnik V ao Distrito Federal. A farmacêutica brasileira fabrica o imunizante em parceria com Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), mas ainda não obteve autorização para estudo clínico, um dos requisitos para o uso emergencial no país.
“Existe de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), protocolada pelo Governo do Estado da Bahia, que solicita a autorização para compra direta de vacinas. Acredito que o Distrito Federal poderia atuar da mesma forma, aumentado, assim, a capacidade de imunização dos brasilienses”, escreveu Delmasso.
Em reunião realizada na terça-feira (19/1), a Comissão Especial de Vacinação da CLDF questionou o secretário de Saúde sobre eventual negociação própria para aquisição de imunizantes contra a Covid-19.
Osnei alegou, durante a reunião, que cabe ao Ministério da Saúde fazer aquisição de todas as vacinas. “O Ministério da Saúde está comprando toda a produção existente. Nós não temos a possibilidade de fazer aquisição, a não ser que haja autorização por parte da União Química na produção das vacinas Sputnik V aqui no Distrito Federal, da qual a gente já vinha conversando com a Embaixada da Rússia”, ponderou.
O Ministério da Saúde enviou 106.160 doses da CoronaVac à capital federal. A estimativa do governo local é de que 53.080 pessoas sejam vacinadas nesta primeira etapa, iniciada na terça-feira.
O outro lado
Em nota, a Secretaria de Saúde reafirmou que segue o Plano Nacional de Imunização (PNI) e “aplicará as vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde”. “Em contatos com laboratórios, foi percebida uma variação de 4 a 37 dólares pela dose. A secretaria observa o princípio da economicidade, e ressalta que, quando a compra é feita em grande quantidade, como é o caso do PNI, obtém-se uma economia importante para os cofres públicos”, assinalou.