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Veja quem é a investigada por embolsar R$ 300 mil de “namorado” idoso

Eliene Aparecida Brito, 34 anos, consta como autora de 2 ocorrências da Polícia Civil do DF por furto. Agora, é investigada por estelionato

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Eliene Brito - investigada por estelionato amoroso - Metrópoles
1 de 1 Eliene Brito - investigada por estelionato amoroso - Metrópoles - Foto: Reprodução/Facebook

Eliene Aparecida Brito, 34 anos, é suspeita de “embolsar” aproximadamente R$ 300 mil do “namorado”, um servidor aposentado da Câmara dos Deputados, de 84 anos. Ela é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por estelionato amoroso.

A família do aposentado registrou boletim de ocorrência contra a mulher, na última sexta-feira (15/9), na Decrin, delegacia da PCDF especializada em crimes contra pessoa idosa.

Como mostrou a coluna Grande Angular, na semana passada, a 2ª Vara de Família de Águas Claras deferiu o pedido dos três filhos do idoso para interditar o aposentado, após ele fazer transferências que somam R$ 190 mil para uma adolescente de 16 anos, que é filha de Eliene.

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Ela é apontada como autora de furto em duas ocorrências registradas na Polícia Civil do Distrito Federal
A mulher foi acusada pelos familiares do idoso de "embolsar" R$ 300 mil do aposentado, 50 anos mais velho que ela
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Eliene Aparecida Brito é investigada por estelionato amoroso contra idoso de 84 anos

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Ela é apontada como autora de furto em duas ocorrências registradas na Polícia Civil do Distrito Federal

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A mulher foi acusada pelos familiares do idoso de "embolsar" R$ 300 mil do aposentado, 50 anos mais velho que ela

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A Justiça do DF decidiu pela interdição do aposentado após os filhos dele apresentarem atestado médico psiquiátrico de sanidade mental e capacidade civil. De acordo com o documento, o idoso tem transtorno de personalidade paranoide e transtorno neurocognitivo maior ou demência.

Agora, qualquer ato relacionado ao patrimônio dele deverá ser feito com anuência de um dos herdeiros. O Ministério Público também se posicionou a favor da medida. Diante da situação de vulnerabilidade do aposentado, a reportagem optou por preservar o nome dele.

Empréstimos

Além das transferências de R$ 190 mil feitas para a conta da filha da “namorada”, o idoso fez três empréstimos no banco para Eliene, investigada por estelionato amoroso.

Em diferentes ocasiões, ele fez diversos saques – sempre de aproximadamente R$ 1,5 mil ou R$ 2 mil. Todo o dinheiro teria sido entregue a Eliene.

Além disso, transferências via Pix, que somam R$ 90 mil, foram feitas da conta do idoso em favor de dois homens que teriam ligações com a investigada.

O idoso teria conhecido Eliene em um shopping da capital federal, em janeiro de 2023. Ela se apresentou como cabeleireira. No mês seguinte, a mulher passou a receber dinheiro do aposentado.

A investigada teria embolsado, de uma só vez, R$ 139 mil. Depois de receber a bolada, Eliene teria sumido por um mês. Ao reaparecer, mais dinheiro foi enviado para ela.

Pix não reconhecidos

A advogada do idoso e dos filhos dele, Viviane Penha, disse à coluna Grande Angular que descobriu as transferências para a filha de Eliene após ser procurada pelo aposentado, que alegou não reconhecer alguns transações feitas em sua conta, no mês de junho.

“Ao analisar os extratos, localizei mais de R$ 150 mil de transferências para a filha da criminosa. Ao total, acreditamos que o idoso tenha tido mais de R$ 300 mil de prejuízo”, afirmou Viviane.

De acordo com advogada, que atende o aposentado há mais de 5 anos, ele sempre foi controlado financeiramente. No entanto, desde que a suposta golpista apareceu, em janeiro de 2023, o idoso fez empréstimos, e sua aposentadoria, de R$ 17 mil líquidos, caiu para R$ 10 mil.

“Os familiares devem ter cuidado com as pessoas idosas, especialmente em relação às pessoas que frequentam a casa. É preciso sempre analisar e fiscalizar as contas bancárias dos idosos como um meio de se evitar golpes como esse”, alertou Viviane.

Furto

A coluna apurou que Eliene é apontada como a autora de dois furtos registrados na PCDF, em 2010 e 2013. No primeiro caso, ela figura como responsável por furtar R$ 250 que estavam dentro da carteira da dona de uma casa que a recebeu quando ela trabalhava como funcionária de uma empresa de telefonia.

Três anos depois, a mulher foi levada à 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) após furtar seis peças de roupas de uma loja de departamento em uma shopping da região. Ela confessou ao segurança do estabelecimento que havia cortado as etiquetas das roupas e, em seguida, escondido os itens na bolsa. Eliene foi detida porque câmeras de segurança flagraram a ação.

O outro lado

Em nota, a defesa de Eliene afirmou que “não se trata de uma pessoa estelionatária” e que a mulher recebeu “doação” de R$ 139 mil do idoso. Segundo o advogado da investigada, os filhos do idoso, “com muito ciúmes, causaram toda essa situação alarmante”.

“Reafirmamos o nosso compromisso com a verdade, a ética e a transparência em todas as nossas ações. Estamos à disposição para colaborar com a correção e a retificação das informações e para fornecer os esclarecimentos necessários a fim de restabelecer a integridade e reputação da requerida”, diz trecho da nota.

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