Veja os campeões de gastos com cota parlamentar na bancada do DF
Sete dos oito deputados federais usaram a cota parlamentar durante o atual mandato, um benefício que custeia despesas para além do salário
atualizado
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Sete dos oito deputados do Distrito Federal na Câmara usaram um total de R$ 6.146.474 de cota parlamentar durante o atual mandato, que chega ao fim em janeiro de 2023.
O valor é parcial e ainda deve aumentar, já que os parlamentares podem pedir reembolso até três meses após a compra de produto ou prestação de serviço.
Julio Cesar Ribeiro (Republicanos) lidera o ranking de deputados do DF que mais gastaram o benefício. Ele teve uma despesa de R$ 1.226.278 entre janeiro de 2019 e novembro de 2022, principalmente com consultoria técnica e locação de veículos.
A cota para exercício da atividade parlamentar, antigamente conhecida como verba indenizatória, é um benefício ao qual todos os deputados federais têm direito. Por meio dela, os parlamentares podem comprar passagens aéreas, materiais de escritório, alimentação, hospedagem e aluguel de carros, por exemplo.
A cota parlamentar não desconta na remuneração dos deputados, que recebem salário bruto de R$ 33.763.
Erika Kokay (PT) utilizou R$ 1.186.222 da cota, o segundo maior valor entre os oito deputados do DF.
À coluna Grande Angular, Kokay disse que “dentro da legalidade, utilizamos todos os recursos possíveis para enfrentar a necropolítica que o Brasil vivencia”. “Todas as despesas foram legais, devidamente atestadas pela Câmara, com muita transparência. Nenhuma utilização pessoal ou ilegal. Nenhum recurso é secreto”, afirmou.
Logo atrás da petista está Bia Kicis (PL): a peelista gastou R$ 1.111.628. À coluna, a deputada disse que “todos os recursos foram gastos dentro da cota, legalmente, para otimizar os trabalhos em prol da sociedade.”
Julio Cesar foi procurador pela coluna, mas até a última atualização desta reportagem não responde o Metrópoles. O espaço segue aberto.
Menos de R$ 1 milhão
Ainda no ranking, Luis Miranda (Republicanos) foi reembolsado em R$ 849.960 durante o primeiro mandato; e Professor Israel Batista (PV) fez uso de R$ 831.868. Celina Leão (PP), eleita vice-governadora do DF, gastou R$ 595.778 em cota parlamentar.
A deputada Flávia Arruda (PL), derrotada para a única vaga que o DF dispunha ao Senado nas últimas eleições, utilizou R$ 344.740 do benefício. O baixo valor em relação aos demais, contudo, pode ser explicado pelo fato de a parlamentar ter ficado afastada das funções na Câmara por mais de um ano, enquanto atuou como ministra da Secretaria de Governo da Presidência da República.
A parlamentar mais econômica da bancada do DF, em termos de gastos com cota parlamentar, foi Paula Belmonte. Segundo dados da Câmara dos Deputados, a política nunca utilizou o benefício.