União Química quer início da vacinação com Sputnik V ainda em fevereiro
A farmacêutica brasileira tem um acordo com o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF) para fornecimento de 10 milhões de doses da vacina
atualizado
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A União Química quer que a aplicação das doses da Sputnik V, vacina russa contra a Covid-19, comece ainda em fevereiro no Brasil.
O diretor de Negócios Internacionais, Rogério Rosso, disse à coluna Grande Angular que falta apenas a autorização do uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): “Aí importamos as doses prontas em fevereiro e março”.
A farmacêutica brasileira tem um acordo com o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), que prevê envio de 10 milhões de doses para o Brasil.
A União Química fez o pedido de uso emergencial da Sputnik V em janeiro deste ano, mas a documentação foi devolvida por não atender requisitos – como a fase 3 do estudo clínico em andamento no Brasil. Mas o cenário mudou na última quarta-feira (3/2), quando a agência anunciou a simplificação das regras. Agora, não é mais exigido que haja o teste no país para a aprovação.
“Acreditamos que Anvisa está se esforçando dentro do possível para aprovar o quanto antes o uso emergencial da Sputnik V”, pontuou Rosso.
Um estudo publicado pela revista científica The Lancet, na terça-feira (2/2), apontou que a Sputnik V demonstrou eficácia de 91,6% contra o novo coronavírus. A proteção contra quadros moderados e graves chegou a 100%.
Plano nacional
Em entrevista ao Metrópoles, o dono da União Química, Fernando Marques, afirmou “não ter dúvidas” de que a vacina será incorporada ao Plano Nacional de Imunização. “É uma questão de tempo. Minha ansiedade é que ela entre logo”, ressaltou.
A União Química iniciou no Brasil o processo de produção do IFA [insumo farmacêutico ativo], que é matéria-prima do imunizante. A previsão do empresário é de que a fabricação da Sputnik V comece em abril e chegue a 8 milhões de doses por mês até maio.