Ufam repudia decisão que levou à suspensão de matrículas: “Indignação”
Universidade Federal do Amazonas manifestou “repúdio e indignação” à decisão judicial que suspendeu bonificação para ex-alunos do estado
atualizado
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A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) divulgou, nessa quarta-feira (28/2), uma nota de repúdio contra a decisão da Justiça Federal que levou à suspensão das matrículas de candidatos aprovados na instituição de ensino superior por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No dia anterior, a Ufam havia comunicado que suspendeu por tempo indeterminado a matrícula dos aprovados no processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), após a 3ª Vara Federal Cível desautorizar a bonificação de 20% na nota do Enem para candidatos que cursaram o ensino médio integralmente em escolas do Amazonas.
Por meio de nota, a universidade manifestou “repúdio e indignação” diante da liminar. “A legalidade da bonificação conferida aos candidatos egressos das instituições de ensino médio do estado do Amazonas se fundamenta, principalmente, no objetivo fundamental do Brasil de reduzir as desigualdades sociais e regionais”, destacou a Ufam.
A instituição de ensino acrescentou que a bonificação aos estudantes do Amazonas “se contextualiza na necessidade da garantia da equidade em prol do princípio da igualdade, considerando o baixo Índice de Desenvolvimento Humano [IDH] estadual e municipal, consequência das desigualdades econômicas e geográficas no contexto amazônico”.
O posicionamento se deu após um morador do Distrito Federal entrar Justiça contra a Ufam, sob a justificativa de que a bonificação para estudantes regionais prejudica os demais candidatos que tentam uma vaga na universidade. O autor do processo pleiteia uma vaga no curso de medicina.