TRE dá direito de resposta a Ibaneis após Grass chamá-lo de corrupto
Em processo da defesa de Ibaneis, o juiz Demetrius Gomes Cavalcanti entendeu que a Grass quis “desacreditar a honra” do governador
atualizado
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O juiz auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) Demetrius Gomes Cavalcanti concedeu, nesta segunda-feira (19/9), direito de resposta de um minuto ao governador e candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB).
A defesa de Ibaneis processou Leandro Grass (PV) em razão de uma propaganda na qual Grass afirma que “o governo é corrupto”.
O juiz escreveu, na decisão, que Grass “não pode se manter à sombra de expressões genéricas sem explicar o caso concreto de corrupção, pois assim o fazendo, dentro das linhas da disputa política, não há qualquer dúvida da pretensão de desacreditar a honra do candidato.”
“Não há como desconsiderar que tais palavras estão sendo proferidas durante campanha eleitoral, sendo ingênuo entender que o representado [Leandro Grass] estaria se referindo a eventuais atos de corrupção no governo atual, quando na realidade é notória sua pretensão de desacreditar a pessoa do candidato Ibaneis Rocha com essa expressão genérica de corrupção, a qual inviabiliza qualquer defesa e potencialmente contamina a opinião pública”, assinalou Cavalcanti.
No mesmo processo, Grass havia sido proibido de continuar a divulgar propaganda eleitoral em que usa as palavras “governo corrupto”.
O advogado de Ibaneis, Bruno Rangel, disse que “o candidato adversário parece ter desistido de sua propaganda eleitoral para, de maneira irregular, falar do governador Ibaneis”. “O desrespeito, a desinformação e a ilegalidade das propagandas de Leandro Grass vêm sendo corretamente sancionadas pelo Tribunal Regional Eleitoral”, afirmou.
A assessoria de Grass afirmou: “Chamar um governo de incompetente, corrupto e que não se preocupa com as pessoas é um direito de qualquer candidato que tenha essa convicção. É opinião. A corrupção no governo de Ibaneis não exige trânsito em julgado para ser constatada. Respeitamos a decisão equivocada, mas recorreremos.”