Transição aponta que falta recurso para programa de habitação popular
O grupo da transição responsável pelo assunto de cidades apontou falta de recursos para habitação, transporte e prevenção a desastres
atualizado
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O Grupo de Transição do governo federal que cuida do tema de cidades apontou, em relatório, que há apenas R$ 34,2 milhões destinados no orçamento para projetos de habitação de interesse social.
Segundo a equipe, esse valor implica na paralisação de todas as obras do programa a partir de fevereiro de 2023: “É necessário R$ 1,6 bilhão só para manter as obras dos empreendimentos já em curso, sem contratar nenhuma nova unidade habitacional para a população de baixa renda em 2023”.
O relatório do grupo de trabalho foi entregue à coordenação da transição, nesta quinta-feira (1º/12). O ex-deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) disse à coluna que “não tem sequer para retomar obras paradas, muito menos para começar projetos novos”.
Segundo o ex-parlamentar, a equipe vai, a partir da próxima semana, começar a dialogar sobre como e onde arrumar dinheiro para esses projetos.
Outro problema apontado pela equipe é o valor ínfimo de R$ 25 mil para o orçamento da ação de “apoio à realização de ações de caráter mitigador destinadas a reduzir a ocorrência e a intensidade dos desastres”.
Na área de transporte também houve redução. Segundo o GT, os recursos alocados para transporte coletivo urbano para o próximo ano chegam a R$ 3,45 milhões, o que impossibilita a continuidade das obras de mobilidade em andamento realizadas com recursos da União.
O grupo é formado por Erminia Maricato, Evaniza Lopes Rodrigues, Maria Fernanda, Ramos Coelho, Inês Magalhães, Geraldo Magela, Guilherme Boulos, José de Filippi Júnior, Marcio França, Rodrigo Neves, João Campos e Nabil Bonduki.