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Torres diz que minuta contra eleições foi sugestão recebida e seria descartada

O ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres disse que documento encontrado pela PF estaria em pilha de descarte

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Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, é convidado a prestar esclarecimentos sobre morte de crianças da etnia Yanomami por ação de garimpeiros na Câmara 15
1 de 1 Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, é convidado a prestar esclarecimentos sobre morte de crianças da etnia Yanomami por ação de garimpeiros na Câmara 15 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, se pronunciou sobre a minuta de decreto contra o resultado das eleições de 2022,  encontrada pela Polícia Federal durante busca e apreensão na casa dele.

Em nota divulgada pela defesa, na tarde desta quinta-feira (12/1), Torres diz que o documento foi recebido como proposta e, muito provavelmente, estaria em uma “pilha de documentos para descarte”.

“Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro”, declarou.

Leia a nota de Anderson Torres na íntegra:

“No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil. Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro.”

A residência de Torres, que fica em um condomínio no Distrito Federal, foi alvo de uma operação da PF na última terça (10/1), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão do ex-ministro por suspeita de omissão dolosa também foi decretada, pois ele estava no cargo de secretário de Segurança Pública do DF no último domingo (8/1), quando as sedes dos três Poderes foram invadidas por radicais golpistas.

A minuta de decreto para instaurar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e rever o resultado da eleição presidencial foi encontrada pela PF na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, conforme revelado pela Folha de S. Paulo.

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