TJGO rejeita ação que queria soltar chacareiro preso por ajudar Lázaro
Elmi Caetano, 73 anos, foi preso no mês passado, suspeito de dar guarida ao maníaco Lázaro Barbosa, em Goiás
atualizado
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O desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) Ivo Favaro negou habeas corpus que pedia a soltura do chacareiro Elmi Caetano, 73 anos, preso por ajudar o maníaco Lázaro Barbosa.
Um homem identificado como Fábio João da Silveira entrou com a ação judicial representando Elmi Caetano. Porém, um dos advogados que representam formalmente o chacareiro, Ilvan Barbosa, informou à coluna Grande Angular que desconhece o autor do HC.
Silveira alegou ausência de provas para a prisão em flagrante e disse que não se sustenta o argumento de que policiais foram impedidos de entrar na chácara de Elmi Caetano. Ele também questionou a eficiência das armas apreendidas e pediu a soltura do chacareiro.
Na decisão, o desembargador argumentou que o autor juntou apenas o seu documento pessoal e, por isso, não é possível analisar o pedido. Ivo Favaro indeferiu liminarmente a petição inicial e pôs fim ao processo, sem julgamento de mérito.
No dia 30 de junho, o Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou Elmi Caetano à Justiça por dar guarida a Lázaro e por porte irregular de arma de fogo.
O chacareiro está preso desde 24 de junho. Lázaro foi capturado e morto durante confronto com policiais quatro dias depois, após 20 dias de buscas.
Uma semana
Cercada de mistérios, a morte do psicopata Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, completou uma semana na segunda-feira (5/7) e ainda há muitas perguntas a serem respondidas para que o quebra-cabeças composto por assassinatos, invasões, roubos e estupros seja resolvido. Entre os questionamentos a serem sanados, destaca-se qual seria a origem dos R$ 4,4 mil em espécie encontrados com o maníaco, e a identidade dos supostos comparsas que apoiaram o criminoso na chacina cometida contra a família Vidal, em 9 de junho.
Até o momento, a Polícia Civil goiana suspeita de que Lázaro faça parte de uma rede criminosa que, supostamente, comete assassinatos por encomenda e fatura eliminando pessoas envolvidas em disputas de terras e especulação imobiliária nas regiões de Águas Lindas e Cocalzinho, em Goiás. Políticos locais, empresários e fazendeiros são investigados por suposta participação no esquema.
Há oito inquéritos abertos em Goiás sobre crimes praticados por Lázaro. O matador teria mais de 30 delitos nas costas – entre os quais estão homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte), assaltos e estupros.
Outros sete inquéritos foram abertos pela Polícia Civil do DF (PCDF) por roubo, homicídio e estupros. Cinco são de 2021 e um de 2009. Todos em Ceilândia, região em que o psicopata morava com a esposa e a filha.