TJDFT mantém preso advogado que atropelou mulher no Lago há um ano
Paulo Ricardo Moraes Milhomem atropelou Tatiana Matsunaga na porta da casa dela, no Lago Sul, após uma briga de trânsito, em agosto de 2021
atualizado
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A 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve a prisão do advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, que atropelou a servidora Tatiana Matsunaga na porta da casa dela, no Lago Sul, após uma briga de trânsito. A decisão unânime foi proferida em sessão, nesta quinta-feira (15/9).
Veja as imagens do atropelamento:
Milhomem está preso desde 25 de agosto de 2021, quando o crime ocorreu. Desde então, a defesa entrou com diversos pedidos para tirar o advogado da cadeia, mas todos foram negados pela Justiça em diferentes instâncias.
Os desembargadores da 2ª Turma Criminal seguiram o voto do relator, Roberval Belinati, e determinaram a inclusão da qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Ou seja, Milhomem será julgado pelo Tribunal do Júri de Brasília por tentativa de homicídio qualificado pelo motivo fútil e por recursos que dificultou a defesa da vítima.
O caso
Paulo Ricardo Moraes Milhomem atropelou e passou por cima de Tatiana na frente da casa dela, no Lago Sul, após persegui-la depois de uma discussão no trânsito. O marido e o filho da vítima, de 8 anos, presenciaram toda a cena.
O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) denunciou o motorista por tentativa de homicídio qualificado. Depois do atropelamento, Tatiana teve sequelas graves e continua sob cuidados médicos em casa.
O advogado alegou, em depoimento à Justiça, que atropelou a mulher sem querer e não tinha intenção de machucá-la. Ele afirmou que “aproveitou o momento em que a vítima chegou um pouco para o lado, tendo a certeza de que ela sairia totalmente da frente quando o veículo passasse”.