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Conselheiro do TCDF cobra investigação célere após PM matar cachorro

André Clemente enviou documento ao comandante-geral da PMDF no qual cobra investigação no caso em que policial matou cachorro com tiro

atualizado

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Cachorro morto pela Polícia Militar do DF durante operação no Núcleo Bandeirante - Metrópoles
1 de 1 Cachorro morto pela Polícia Militar do DF durante operação no Núcleo Bandeirante - Metrópoles - Foto: Reprodução

O conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) André Clemente cobrou do comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Adão Teixeira de Macedo, apuração “célere e abrangente” sobre o caso em que um cachorro foi morto com tiro na cabeça durante ação da corporação, na última quinta-feira (9/11).

Clemente, que é o relator das contas do Governo do Distrito Federal (GDF) de 2023, reforçou “a importância de uma investigação célere e abrangente do evento, não apenas no aspecto punitivo, mas, também e sobretudo, para o aperfeiçoamento institucional no trato e na proteção dos animais, a fim de evitar novas ocorrências similares, desperdício de recursos públicos em eventos trágicos e sofrimento de todos os envolvidos”.

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Policial alegou ter se assustado com o animal
Cachorro, da raça american bully, tinha 1 ano e meio
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Cão foi morto com tiro na cabeça

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Policial alegou ter se assustado com o animal

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Cachorro, da raça american bully, tinha 1 ano e meio

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Segundo o conselheiro, uma das abordagens priorizadas no julgamento das contas de 2023 será a eficácia de políticas públicas voltadas à proteção dos animais. “Esse lamentável ocorrido não condiz com a respeitabilidade da PMDF e suas missões institucionais, e se torna mais grave quando cotejado com os vultosos investimentos públicos feitos à corporação”, ressaltou.

Clemente pontuou que, “dentre os vários aspectos questionáveis do ocorrido, a serem objeto de percuciente análise pelas autoridades competentes, causa consternação que a atuação policial, com os investimentos nela envolvidos, tenha redundado, sem motivação aparente, em tese, morte de um animal”.

No documento encaminhado ao comandante-geral da PMDF, o conselheiro do TCDF alertou que a conduta dos PMs envolvidos na ação corresponde ao crime de maus-tratos a animais, com pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão e multa.

Tiro na cabeça de cachorro

Uma confusão entre policiais militares e moradores acabou com a morte de Bradock, um American Bylly de 1 ano e meio, no bairro da Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante (DF).

Os PMs queriam entrar na casa de uma mulher para procurar um suspeito de tráfico de drogas. A moradora negou o pedido deles, que mesmo assim adentraram e realizaram a busca no domicílio. Uma confusão foi iniciada no local e um dos policiais efetuou um disparo na cabeça do animal. A droga não foi encontrada.

Durante a busca, um dos policiais se “assustou’ com o Bradock e abriu fogo contra o animal. O momento após os disparos foi registrado em vídeo e mostra vizinhos e familiares desesperados.

Veja:

Em nota, a PMDF disse que o policial foi “atacado” pelo cão de grande porte “durante a ocorrência de tráfico de drogas”. E que “para se defender, o policial desferiu um único disparo e alvejou o cão”.

“Ele matou um membro da família, um cachorro dócil, carinhoso, nunca avançou em ninguém. Brincava com todas as crianças da rua, e morreu dessa forma tão cruel”, lamentou a tutora do cão, Maria Edilene, 48.

Em nota, a PMDF disse que o policial foi atacado “por um cão de grande porte” e atirou para se defender.

“Com o objetivo de apreender a droga, um militar adentrou o lote e neste momento foi atacado pelo referido cão. Após o disparo, moradores da região avançaram contra os policiais com o objetivo de libertar o suspeito de tráfico. Foi necessário o apoio de outras Unidades Especializadas da PMDF para conter os ânimos exaltados”, afirmou.

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