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TCDF pede esclarecimentos sobre demolição do Ginásio Cláudio Coutinho

O conselheiro Renato Rainha deu cinco dias para que a Terracap se pronuncie sobre representação que aponta irregularidades no processo

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Derrubada do Ginásio Cláudio Coutinho 14
1 de 1 Derrubada do Ginásio Cláudio Coutinho 14 - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) Renato Rainha pediu esclarecimentos à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) e à Arena BSB sobre a demolição do Ginásio Cláudio Coutinho. O despacho singular foi expedido nesta terça-feira (20/4).

A decisão ocorreu no âmbito de uma representação apresentada pelo deputado distrital Leandro Grass (Rede). O parlamentar alegou que a derrubada ocorre sem autorização do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do DF (Condepa) e afronta o contrato de concessão do complexo, que inclui o ginásio e o Estádio Mané Garrincha.

Renato Rainha determinou à Terracap e à Secretaria de Esporte e Lazer do DF que apresentem, em cinco dias, esclarecimentos sobre a representação. O mesmo prazo foi concedido para a Arena BSB, empresa que administra o espaço, para que, caso entenda pertinente, se pronuncie sobre o assunto.

O processo de demolição do Ginásio Cláudio Coutinho, localizado no centro de Brasília, começou no último 12 de março. O cronograma de obras da Arena BSB prevê o ato final na próxima quinta-feira (22/4).

Veja fotos da demolição:

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As duas paredes externas serão o último ato da derrubada
Um trator foi responsável por demolir o antigo espelho d'água
Engenheiro mostra onde ficava a piscina coberta, que foi sobreposta pela quadra poliesportiva na década de 1980
A estrutura do telhado já foi inteira retirada
Restos do antigo sistema de som ainda podem ser vistos no local
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Somente uma das entradas para a quadra ainda está de pé

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As duas paredes externas serão o último ato da derrubada

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Um trator foi responsável por demolir o antigo espelho d'água

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Engenheiro mostra onde ficava a piscina coberta, que foi sobreposta pela quadra poliesportiva na década de 1980

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A estrutura do telhado já foi inteira retirada

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Restos do antigo sistema de som ainda podem ser vistos no local

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Do letreiro "Ginásio Cláudio Coutinho" só resta a letra "o"

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A previsão é de que a área esteja limpa no dia 20 de maio

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O ginásio ficava bem próximo ao Estádio Mané Garrincha

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Descolamento de revestimento, fissuras e trincas generalizadas são vistos em várias partes do ginásio

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Já não há quase mais nada da antiga estrutura

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O vão de onde era a terceira piscina do Complexo Aquático Cláudio Coutinho

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Em nota, a Arena BSB disse que foi notificada e “está disposta a prestar todos os esclarecimentos”. “O projeto foi amplamente debatido nos últimos anos e todas as licenças necessárias foram obtidas. Por fim, destacamos que o presidente do Condepac votou favoravelmente à aprovação do projeto em sessão do Conplan de dezembro”, pontuou.

A Secretaria de Esporte e Lazer informou que ainda não foi notificada.

A Terracap destacou que, “assim que oficiada formalmente, prestará todas as informações necessárias”.

História

O espaço esportivo construído na década de 1970 como parte integrante do Complexo Aquático Cláudio Coutinho, e reinaugurado como ginásio em abril de 1983, está abandonado há mais de duas décadas. Fechado em 2001 com intenção de reforma, o local foi desarrimado, tornou-se um ambiente ermo e serviu até como abrigo para moradores de rua.

Em 2018, o Tribunal de Contas do DF vistoriou a fachada externa – a parte interna estava interditada pela Defesa Civil desde 2012 – e constatou o estado de abandono. O relatório aponta descolamento de revestimento, fissuras e trincas generalizadas, armadura exposta, oxidação da armadura em estado avançado, deterioração do concreto, deslocamento excessivo das juntas das arquibancadas, cobertura danificada e marcas de infiltração.

O risco iminente de desabamento fez com que a Arena BSB lacrasse o espaço em fevereiro de 2020, logo que assumiu a gestão. Agora com o aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e do Governo do Distrito Federal (GDF) – o terreno pertence à Terracap –, a concessionária dá prosseguimento à criação de um boulevard voltado ao entretenimento e lazer.

Apesar da estrutura deteriorada, um grupo de esportistas da capital não considera que demolir o complexo seja a melhor opção. Por esse motivo, inclusive, as obras de derrubada podem ser suspensas, caso a Justiça considere o ato ilegal.

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