Taurus abre loja em Brasília, onde foi alvo de reclamações de polícias
A Polícia Militar e a Polícia Civil do Distrito Federal tiveram casos de reclamações envolvendo a aquisição de armas da Taurus
atualizado
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A Taurus e a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) inauguraram uma loja conceito de armas, munições, tiro e treinamento (AMTT), em Brasília, na sexta-feira (5/11).
Justamente onde abriu um novo estabelecimento, a Taurus coleciona histórico recente de reclamações das polícias. Em um dos casos, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acusou a empresa de entregar à Polícia Civil do DF (PCDF) 750 pistolas sem travas de segurança e que “apresentaram muitos defeitos de funcionamento”.
Veja imagens divulgadas do local:
A Justiça negou, em 2020, o pedido do MPDFT para condenar a Taurus pelos defeitos apontados. Na ocasião, a empresa alegou que os problemas eram “pontuais” e “isolados” e não descumpriam o contrato. E garantiu ter colocado travas em todas as pistolas, como prevê as normas impostas pelo Exército. As armas Glock substituíram as da marca Forjas Taurus na PCDF.
“A sentença de improcedência da ação foi, em outubro desse ano, confirmada em segunda instância, por unanimidade, afastando todos os pedidos de indenização e de suspensão do direito de contratar com a Administração Pública, por insuficiência de provas de defeitos nas armas”, disse a Taurus, por meio de nota, enviada à reportagem.
Em um outro processo de compra de armas envolvendo a Taurus, a Polícia Militar do DF (PMDF) cobrou reparação de prejuízo decorrente da aquisição de 15.654 armas, por “vício oculto”. Conforme o processo administrativo aberto para apurar a negociação, as pistolas teriam chegado fora do padrão previsto em edital. Assim, a corporação não pode usá-las, apesar de ter repassado R$ 28 milhões à empresa.
Sobre essas alegações, a Taurus também se posicionou, contradizendo a PMDF. “Essas pistolas PT24/7 foram adquiridas entre 2006 e 2011, ou seja, entre 15 e 10 anos atrás, e desde então são usadas diariamente pelos policiais, demonstrando a incoerência das alegações do Distrito Federal na ação”, disse a empresa, também em nota.
“A Taurus já se manifestou nos autos, demonstrando o total adimplemento dos contratos, a ausência de vícios ocultos nas armas, a impossibilidade jurídica do pedido de restituição integral dos valores dos contratos e diversas outras máculas nas acusações do Distrito Federal”, completou a empresa.
Nova loja
A Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (Aniam) divulgou que o novo estabelecimento da Taurus e da CBC, em Brasília, tem 1.800 metros quadrados e foi projetada “com o propósito de ser uma loja conceito das marcas, com um ambiente integrado onde os clientes poderão encontrar tudo o que necessitam para a legítima defesa, esporte do tiro e lazer”. A loja fica no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Trecho 3.
“Ou seja, a loja terá uma linha completa de produtos Taurus/CBC, serviços para a aquisição de armas e munições, assistência técnica, três stands de tiro, com 11 linhas de 25 metros, 2 linhas de 50 metros e 3 linhas para Carabinas de Pressão, pós-venda, cursos de qualificação e atividades relacionadas ao segmento”, disse.
O estabelecimento expõe e vende, além de armas e munições, componentes e acessórios como miras red dot, coldres, lunetas, mochilas, cofres para armas curtas e kit de limpeza de armas. A AMTT Brasília também possui espaço de café e centro institucional de testes de produtos.
Segundo a Ainam, a loja conceito será a referência do Programa de Franquias Taurus CBC, que será lançado ao mercado em 2022. O objetivo é expandir os negócios envolvendo armas no Brasil. As marcas têm 2 mil pontos de vendas no DF e 26 estados do Brasil.
Em 2022, as empresas vão inaugurar uma segunda loja conceito, a AMTT SP, em São Paulo.
