Suposto comparsa de Lázaro pede revogação da prisão. MP é contra
A defesa do chacareiro Elmi Caetano Evangelista pediu para que o homem seja solto, após a morte do maníaco Lázaro Barbosa, 32 anos
atualizado
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A defesa de Elmi Caetano Evangelista, 74 anos, pediu à Justiça para que o chacareiro seja solto, levando em conta a morte do maníaco Lázaro Barbosa, 32 anos. Caetano foi preso na quinta-feira (24/6) por suspeita de ajudar o criminoso a se esconder da polícia.
A coluna Grande Angular apurou que o Ministério Público de Goiás (MPGO) se manifestou contra a liberdade de Caetano e defendeu a manutenção da prisão preventiva.
A Promotoria de Justiça de Cocalzinho de Goiás citou trecho da decisão da audiência de custódia, segundo a qual “há fortes indícios de que Elmi deu guarida em sua fazenda, por vários dias, a um criminoso de altíssima periculosidade que estava sendo procurador pela força-tarefa reunida por centenas de policiais”.
Advogado de Elmi Caetano (foto em destaque), Ilvan Barbosa disse à coluna que o processo tramita em sigilo: “Estamos dando atenção para a família neste momento e seguimos colaborando com a investigação. Isso é o que eu tenho para falar”.
Entenda
Na última sexta-feira (25/6), após audiência de custódia, a juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), mandou soltar o caseiro Alain Reis de Santana, 33 anos, e converteu em preventiva a prisão em flagrante de Elmi Caetano. Os dois foram detidos por suspeita de darem cobertura a Lázaro.
Por volta das 17h de quinta-feira, uma equipe da Polícia Militar fazia diligências na zona rural de Girassol para localizar o homicida em fuga. Os militares haviam recebido informações de que o dono de uma fazenda não havia autorizado, na noite anterior, a entrada dos policiais em sua propriedade rural.
Ao chegarem ao local, os helicópteros da PMGO e da PMDF sobrevoavam a região, ao mesmo tempo em que o caseiro da fazenda, identificado como Alain, deixava a sede residencial. Nesse momento, os policiais se aproximaram e viram uma pessoa entrando na mata.
Os agentes indagaram Alain sobre quem era aquela pessoa, e o caseiro afirmou que aquele seria Lázaro Barbosa – o qual, rapidamente, fugiu. A patrulha solicitou apoio para o local. Quando os policiais perguntaram sobre a existência armas de fogo na fazenda, Alain mostrou dois armamentos e 49 munições de calibre .22 LR no interior de um quarto.
As equipes constataram que uma das armas de ar comprimido foi modificada mecanicamente para disparar munição de calibre .22, que, segundo Alain, pertenciam ao patrão, Elmi Caetano. O armamento, no entanto, ficava à sua disposição.
Questionado sobre a presença de Lázaro Barbosa naquele local, Alain relatou que o criminoso estava pernoitando na fazenda há mais de cinco dias e que o viu diversas vezes, inclusive portando uma espingarda e um telefone da marca Samsung.
O caseiro também informou que Lázaro dormia e fazia refeições, como almoço e jantar, na sede da fazenda, diariamente, com o consentimento de Elmi. O funcionário relatou, ainda, que a mãe do suspeito trabalhou como caseira para Elmi Caetano e que, quando ele estava preso, o dono da propriedade ajudava financeiramente a família do foragido.