Sinpol diz que reajuste aproxima salário da PCDF ao da PF. Veja valores
Papiloscopistas, escrivães, agentes de polícia e custódia da PCDF, na classe especial, passarão a receber R$ 18,4 mil. Delegados, R$ 30 mil
atualizado
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O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) declarou que, caso o reajuste salarial das forças de segurança do DF seja aprovado, os salários da Polícia Civil (PCDF) se aproximarão dos valores recebidos por polícias judiciárias da União.
A governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP), anunciou na terça-feira (28/2), o envio da mensagem à Presidência da República com a solicitação da recomposição de 18% nos salários dos policiais civis, militares e bombeiros do DF.
De acordo com o Sinpol-DF, os valores solicitados para a recomposição salarial aproximará a categoria da isonomia salarial com as polícias judiciárias da União — Polícia Civil dos ex-Territórios e Polícia Federal.
O salário dos papiloscopistas, escrivães, agentes de polícia e de custódia da PCDF, na classe especial, passará a ser R$ 18.417,51, por exemplo. Na mesma classe, a PC dos ex-Territórios e a PF recebem, atualmente, R$ 18.651,79.
Já os delegados, peritos criminais e peritos médico-legistas da PCDF receberão R$ 30.542,92 na classe especial. As polícias judiciárias da União, nessas mesmas condições, recebem R$ 30.936,91.
“Em 1964, a reorganização do Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP) deu início às Instituições PCDF e PF como as conhecemos hoje. Isto é, as duas corporações nasceram do mesmo órgão, com o mesmo regime jurídico e a mesma lei regente”, explicou o presidente do Sinpol-DF, Enoque Venancio de Freitas.
A retomada da paridade foi uma promessa feita aos policiais civis em 2018, pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). A proposta, entretanto, foi vetada na esfera federal sob a justificativa de que os aumentos salariais para policiais civis e militares deveriam ser iguais.
Anúncio do reajuste
Em pronunciamento ao lado de deputados distritais e federais, na tarde dessa terça-feira, Celina assinou o ofício com o pedido de aumento e a exposição de motivos, com a justificativa para o reajuste.
“Tivemos um reajuste de 42% no Fundo Constitucional. Mas, o que podemos ter? Uma bolha que pode, no ano que vem, levar à queda de até 24%. Então, temos de dar reajustes que se mantenham com políticas conservadoras na prática de cálculos financeiros. Não quero ser a governadora em exercício que dá aumento e, no ano que vem, o FCDF não comporta e não sabemos de onde vamos tirar dinheiro”, afirmou.