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Sindicato dos Médicos do DF convoca assembleia com indicativo greve

Assembleia geral extraordinária, marcada para 14 de agosto, discutirá uma possível greve em hospitais públicos, além de reajuste salarial

atualizado

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Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Foto colorida de mão masculina com equipamento médico e avental
1 de 1 Foto colorida de mão masculina com equipamento médico e avental - Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) podem entrar em greve nos próximos dias, no Distrito Federal. Segundo o Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico-DF), a decisão será tomada em assembleia geral extraordinária, marcada para 14 de agosto. Na data, também será discutida campanha salarial da categoria.

Segundo o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, desde 2018 o sindicato procura negociar revisão do plano de carreira, cargos e salários (PCCS) com o Governo do Distrito Federal (GDF), mas sem sucesso. “A recomposição é necessária para a carreira médica no serviço público voltar a ser atraente. E é um passo indispensável para melhoria das condições de trabalho nas unidades públicas de saúde do DF e melhor oferta de assistência aos usuários do SUS no DF”, disse.

O sindicato afirma, ainda, que levou as queixas da categoria a autoridades do Executivo e do Legislativo local, mas o assunto não foi incluído na pauta de discussões. Além disso, ainda de acordo com o SindMédico, houve pedido de mediação da negociação ao Ministério Público do Trabalho (MPT), “mas o governo não indicou um representante com real capacidade de negociação para participar das reuniões”.

“Sem resposta do governo e com a defasagem salarial crescente, a Secretaria de Estado de Saúde do DF não consegue contratar médicos aprovados em concurso. Ao mesmo tempo, ocorre a evasão de médicos do quadro de servidores, o que provoca sobrecarga de trabalho e adoecimento e queda na qualidade da assistência à saúde da população”, disse o SindMédico-DF.

“Menos médicos”

Nos últimos anos, de acordo com o sindicato, houve diminuição do número de profissionais médicos em 21 especialidades no quadro da Secretaria de Saúde (SES-DF). Com exceção das especialidades de medicina de família e comunidade e medicina de emergência, todas as demais contam com menos médicos do que há 10 anos.

Em abril de 2014, a SES-DF contava com 5.546 médicos. Hoje, segundo a categoria, são 4.197 profissionais lotados em unidades de saúde sob administração direta da SES-DF.

Ainda conforme levantamento do sindicato, entre 2018 e 2023, a folha de pagamento da SES-DF teve uma redução de 16 pontos percentuais: “A participação dos salários dos médicos na composição da folha, que era de 31%, caiu para 25%, o que reflete a defasagem salarial bem como a evasão de profissionais”.

O SindMédico-DF também pontua que, atualmente, o GDF investe 26,96% do orçamento na folha de pagamento. “Bem abaixo do limite prudencial, o que evidencia haver margem para negociação, com vistas à necessária melhora da assistência à saúde da população pela rede pública do DF”, afirmou o sindicato.

“O movimento paredista é a última opção, mas todos os meios possíveis para o estabelecimento de negociações foram ignorados pelo GDF”, disse Gutemberg.

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