Servidores da Terracap comemoram operação que prendeu ex-governadores
Funcionários de carreira da empresa que subsidiou a obra do Mané Garrincha soltaram fogos em frente à sede da estatal
atualizado
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Na manhã desta terça-feira (23/5), pouco depois da prisão dos ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT) e do ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli (PMDB), servidores de carreira da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) fizeram uma manifestação pública incomum para comemorar a ação da Polícia Federal. Eles soltaram fogos de artifício em frente à sede da empresa.
Existe um sentimento por parte de muitos trabalhadores da Terracap de que a fase ruim da estatal deve-se à construção do Mané Garrincha, cujas obras foram subsidiadas pela agência.
Balanço publicado na última quinta-feira (18) mostra que a Terracap teve um prejuízo de R$ 255 milhões somente este ano. As vendas que já haviam caído de R$ 1,6 bilhão, em 2014, para R$ 360 milhões em 2015, agora despencaram para R$ 294 milhões. Em contrapartida, as despesas subiram de R$ 544 milhões em 2015 para R$ 597 milhões em 2016.Se as quedas continuarem nesse ritmo, corre-se o risco de a empresa chegar ao fim do ano com dificuldades até para pagar servidores.
Entre os presos na Operação Panatenaico, que apura desvios de dinheiro na construção da arena, está a ex-presidente da Terracap Maruska Lima de Souza Holanda.
De acordo com a Polícia Federal, Maruska teria recebido valores ilícitos tanto da Via Engenharia quanto da Andrade Gutierrez durante a reforma do Mané Garrincha. A suspeita é de que tenha cometido crimes de corrupção, fraude em licitação, associação criminosa e lavagem de dinheiro.