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Servidores da assistência social entram em greve no DF

Os profissionais da categoria são responsáveis por serviços como cadastro de programas sociais e atendimento aos moradores de rua

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial para o Metrópoles
VACINA covishield astrazeneca
1 de 1 VACINA covishield astrazeneca - Foto: Gustavo Moreno/Especial para o Metrópoles

Servidores da assistência social entraram em greve nessa quinta-feira (4/2). São os profissionais dessa categoria que fazem cadastro em programas sociais, como o Bolsa Família, e trabalham nas unidades de atendimento à população em situação de rua, por exemplo.

Os funcionários públicos reivindicam a inclusão na vacinação prioritária contra a Covid-19. Eles estão distribuídos na Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), na Secretaria da Mulher e na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).

O Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc) informou que 70% da categoria aderiu ao movimento. Há aproximadamente 1,5 mil profissionais na carreira.

De acordo com o sindicato, nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e nos Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centros Pop), 77 dos 110 trabalhadores optaram por paralisar as atividades.

A greve foi aprovada com 98% dos votos, em assembleia realizada na quinta-feira. Os servidores decidiram que o movimento pode ser encerrado caso o governo local inclua a categoria nos grupos prioritários da imunização contra o coronavírus.

“É uma greve pela vida. Não queremos perder mais nenhum colega nosso. Não queremos que mais nenhum trabalhador da assistência social se torne vetor de propagação da Covid-19”, disse o presidente do Sindsasc, Clayton Avelar.

Segundo o sindicalista, alguns servidores foram vacinados “não por atuarem na assistência social e, sim, por cuidarem de idosos, pessoas com deficiência ou comorbidades”. “Continuamos, sim, fora do plano, mesmo atuando na linha de frente das ações contra a pandemia”, assinalou.

O outro lado

Procurada pela coluna, a Secretaria de Desenvolvimento Social informa que o secretário executivo e o subsecretário de Administração Geral receberam os representantes do sindicato para ouvir as demandas apresentadas.

Durante a reunião, disse a pasta, em nota, os gestores da Sedes explicaram que, no total, 1.266 pessoas, entre profissionais e usuários da Rede Socioassistencial do DF, já foram imunizadas contra o coronavírus. “Foi informado que as vacinas foram e estão sendo aplicadas seguindo o Plano Distrital de Vacinação contra a Covid-19.”

O secretário ponderou, também, que é necessário respeitar os grupos prioritários, como idosos. Vale ressaltar que nem todos foram vacinados, uma vez que o governo federal ainda não disponibilizou as doses necessárias para imunizar toda a população.

“A Secretaria informa que está adotando as medidas cabíveis para a manutenção dos serviços, para que a população não fique prejudicada com a decisão da categoria. A Sedes enfatiza ainda que os servidores que não comparecerem ao local de trabalho terão suas faltas registradas”, finalizou a pasta, em nota.

Em nota, a Secretaria da Mulher disse que “estão sendo tomadas todas as providências legais cabíveis, com a finalidade de não interromper a prestação dos serviços essenciais e urgentes oferecidos por esta pasta, como os dos Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceam), da Casa Abrigo e dos Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds), e, assim, evitar qualquer prejuízo ao público atendido”.

A pasta assinalou que é “sensível ao pleito e ciente da importância da imunização de seus servidores”: “Por essa razão, por meio de ofício, de 19 de janeiro de 2021, já havia solicitado à Secretaria de Saúde a inclusão no Plano Distrital de Vacinação, no grupo prioritário, dos servidores da carreira assistência social que atuam no âmbito desta SMDF”.

“Estamos confiantes na sensibilização do comitê gestor e acreditamos sempre que o melhor caminho é a negociação e um bom diálogo para a solução desse problema”, concluiu.

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