Servidora do HRT será exonerada após denúncia de venda de cirurgias
Áudios revelam que a mulher negociava materiais para a realização de procedimentos cirúrgicos por R$ 350
atualizado
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O governador em exercício do Distrito Federal, Paco Britto (Avante), anunciou que irá exonerar a supervisora de emergência do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Ruby Lopes. Ela é investigada por um suposto esquema de vendas de cirurgias dentro da unidade hospitar. Áudios mostram a profissional negociando materiais de procedimento cirúrgico por R$ 350. As informações foram publicadas em primeira mão pelo Jornal de Brasília.
Nas gravações, Ruby pressiona um paciente, alegando que o valor cobrado seria somente para pagar instrumentos cirúrgicos e que um responsável pelos insumos estaria com ela no momento.
Ouça os áudios:
Ruby foi a primeira mulher trans a trabalhar na Câmara Legislativa do DF, lotada no gabinete da deputada Telma Rufino (Pros) de 20 de março de 2018 a 1º de janeiro de 2019.
Exonerações no HRT
Ruby teria sido exonerada do HRT pelo menos três vezes, mas conseguiu retornar ao posto. Por ser uma mulher trans, sua nomeação ao cargo aparece no Diário Oficial do DF como Edson dos Santos.
“Fui exonerada, mas não foi sobre isso [vendas de cirurgias]. O povo com inveja fica fazendo fofoca. Eu conheço muita gente que quer me derrubar”, disse ela à reportagem do JBr.
Outra servidora na mira
O governador em exercício do DF, Paco Britto (Avante), disse que outra servidora da Saúde está sendo investigada e pode ser exonerada. Conforme revelou o Metrópoles nesse domingo (26/05/2019), enquanto o Governo do Distrito Federal enfrenta epidemia de dengue, a subsecretária de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, Elaine Faria Morelo, estava fora da capital da República, em uma viagem pessoal à Argentina.
Embora com respaldo de abono, a saída não passou despercebida e gerou incômodo no alto escalão do Palácio do Buriti. O desconforto alcançou também integrantes da Secretaria de Saúde, que se desdobram para encontrar uma solução frente ao alto índice da doença no DF, responsável pela morte de 16 pessoas em 2019.
Fora desde a última quinta-feira (23/05/2019), a farmacêutica bioquímica não participou da reunião preparatória da força-tarefa criada para combater o mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti, realizada na sexta-feira (24/05/2019). A subsecretária foi representada por Maurício Fiorenza, substituto legal, segundo a Elaine explicou em nota enviada à reportagem.
Ao Metrópoles, Paco Britto disse que a ausência de Elaine está sendo apurada e não descartou sua demissão. “Pode, sim, vir a ser exonerada”, disse.