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Dá licença, picaretas. Servidor da Vice-Governadoria é preso por vender documentos falsos

Ele emitia as licenças para pequenos comerciantes. Só de um food truck no Lago Norte cobrava R$ 520 mensais

atualizado

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Divulgação/GDF
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1 de 1 IMG-20151002-WA0001 - Foto: Divulgação/GDF

Um servidor comissionado da Vice-Governadoria do GDF foi preso por vender licenças falsas para o funcionamento de food trucks. No Lago Norte, ele cobrava R$ 520 mensais para “liberar” um espaço de 150 metros quadrados. A exoneração de Caique de Oliveira Mota foi publicada na edição desta sexta-feira (2/10) do Diário Oficial do DF.

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Sem nenhuma preocupação, o servidor entregava os documentos falsos no estacionamento do anexo do Palácio do Buriti. Além do Lago Norte, as autorizações falsas beneficiavam food trucks no Guará, em Taguatinga, Águas Claras e Brazlândia. O documento liberava o espaço, que era ocupado por seis caminhões. Pela liberação, cobrava R$ 130 por semana ou R$ 520 por mês.

O servidor já estava sob suspeita, mas o flagrante só ocorreu depois de uma ação da Agência de Fiscalização do DF (Agefis) no Lago Norte, na noite de quinta (foto). Uma comerciante que pagava a “comissão”  foi presa nessa operação e entregou o esquema.

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Auto de Infração emitido pela Agefis mostra que a comerciante portava uma autorização falsa

 

A partir daí os agentes conseguiram chegar ao servidor, que foi preso na noite de ontem, em casa, em Ceilândia. Para não ser flagrado, o servidor usava uma assinatura falsa nas autorizações que emitia. O nome usado, de Patrick Rosendo Silva. não existe no quadro da Vice-Governadoria. Caique teria falsificado os documentos com timbre oficial e o carimbo. O funcionário comissionado ganhava R$ 2.937,71.

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Autorização com assinatura falsa

 

O vice-governador Renato Santana disse que “é esse tipo de ação que provoca a falta de dipirona lá no hospital”. Em entrevista coletiva na manhã desta sexta (2/10), ele explicou a exoneração do servidor. Segundo o diretor da Polícia Civil do DF, Eric Seba, “Caique é o quarto servidor retirado da estrutura do GDF”.

A ação da Agefis foi desencadeada após denúncia de comerciantes legalmente estabelecidos no Lago Norte. Eles entraram em contato com a administração local, que chamou a Agefis. Hoje, nenhuma autorização individual pode ser emitida para os caminhões. Há um acordo entre o Executivo e a Associação Brasiliense de Food Trucks, de emitir somente licenças para eventos. “Há um projeto de lei para regulamentar a profissão aguardando votação da Câmara Legislativa. A situação que ocorreu mostra a necessidade de dar celeridade ao processo”, afirmou o secretário de Trabalho, Thiago Jarjour.

(Com informações de Manoela Alcântara)

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