O clima está tenso no Palácio do Buriti. Representantes de sindicatos dos servidores públicos do GDF que estão chegando para reunião com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), na tarde desta segunda-feira (14/9), adiantam que se a conversa for para dizer que não haverá reajuste salarial, a categoria vai cruzar os braços em paralisação geral. Não tem negociação!

O governador Rollemberg está recebendo cada sindicato de uma vez. O primeiro foi o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro). Cleber Soares, diretor da entidade, disse que as possibilidades apresentadas pelo titular do Palácio do Buriti são: corte linear de gastos, venda de terrenos e aumento de impostos. Mas o socialista não falou abertamente se os reajustes serão ou não pagos. “Saímos com a impressão de que não sairá o reajuste, ainda que o governador não tenha batido o martelo”, disse.

Só na área de educação, o impacto dos reajustes é de R$ 460 milhões até o final do ano, segundo o Sinpro. A ideia da categoria é antecipar a assembleia marcada para outubro em função do novo cenário. E caso o reajuste não caia no contracheque, vai ter greve.

Depois dos professores, Rollemberg recebeu os servidores da saúde. Para os sindicalistas, o governador afirmou que vai encaminhar à Câmara Legislativa  um pacote de medidas para tentar reverter a grave crise financeira que assola o DF. Adiantou que vai reduzir o número de secretarias, de 24 para 15, além de aumentar impostos, como o IPTU, e cortar cargos comissionados. E, antevendo que terá dificuldades com os deputados distritais, já pediu aos representantes sindicais que intercedam junto ao Legislativo. (Com informações de Kelly Almeida e Rafaela Lima)