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Secretário diz que policiais penais rejeitam vacina contra Covid para adiar volta ao trabalho presencial

O Governo do DF recorreu de uma liminar que permite lactantes continuarem em teletrabalho até completarem vacinação contra Covid-19

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Policiais penais
1 de 1 Policiais penais - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Em um processo judicial, o Governo do Distrito Federal citou que o secretário de Administração Penitenciária do Distrito Federal, Geraldo Luiz Nugoli Costa, apurou que algumas policiais penais lactantes recusam vacina contra Covid-19 para permanecerem em teletrabalho.

A informação consta em um recurso apresentado contra a liminar obtida pelo Sindicato dos Policiais Penais do DF (Sindpol-DF), que permite mulheres em amamentação a continuarem exercendo as funções de casa até 15 dias após receberem a 2ª dose de imunizante.

“Afirma que, segundo apurado pelo secretário de Administração Penitenciária do Distrito Federal, algumas servidoras chegam, propositadamente, a não tomar a vacina a fim de não retornarem ao trabalho presencial”, diz trecho da decisão da desembargadora Ana Cantarino, que rejeitou as alegações do governo local e manteve a liminar a favor do Sindpol-DF.

Na decisão publicada na sexta-feira (20/8), a magistrada citou que o governo não informou o número de mulheres lactantes não vacinadas e mantidas em regime de teletrabalho, em comparação com o total de servidores policiais penais. Com os dados, seria possível visualizar o percentual de comprometimento do trabalho presencial, segundo Ana Cantarino.

“Nesse sentido, não comprovou o Distrito Federal que a permanência dessas servidoras no trabalho remoto, durante o período de tramitação do presente agravo de instrumento, ensejará algum prejuízo concreto, limitando-se ao campo das alegações genéricas de perigo em abstrato”, escreveu.

Presidente do Sindpol-DF, Paulo Rogério afirmou à coluna Grande Angular que a alegação do secretário é “irresponsável” e “grave”.

“De onde ele tirou isso? Não condiz com a verdade. Nunca vi nenhuma policial se recusar a tomar ou rejeitar dose da vacina. Muito pelo contrário, todas queriam constar nas listas de prioridade, quando a vacinação era restrita”, afirmou.

O que diz a Seape

À coluna, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) informou que o gabinete do secretário soube de “casos pontuais de pessoas que realmente queriam utilizar desse recurso para continuar em teletrabalho”. A pasta, contudo, acrescentou não ter mais dados sobre os casos.

A Seape informou que há, atualmente, quatro servidoras lactantes em teletrabalho, em todo o sistema prisional. Em alguns casos, falta apenas a 2ª dose. “Todas que estão em teletrabalho ativo tomaram vacina e juntaram cartão”, pontuou.

“São 24 servidoras lactantes que tiveram o teletrabalho encerrado. Algumas dessas estão em outros afastamentos legais (férias, abonos ou licença-prêmio)”, detalhou.

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