Secretário diz que atentados “organizados” não vão acontecer no DF
O secretário-executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, falou sobre o homem que se explodiu em frente ao STF
atualizado
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O secretário-executivo de Segurança Pública do Distrito Federal, Alexandre Patury, avaliou que, apesar do homem-bomba que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quarta-feira (13/11), é improvável que “grandes” atendados ocorram na capital do país. Em entrevista ao Metrópoles, nesta quinta-feira (14/11), Patury afirmou que apenas as investigações poderam confirmar se Francisco Wanderley Luiz, 59, agiu de forma solitária, mas que “um lobo solitário pode acontecer em qualquer lugar do mundo”.
Francisco detonou explosivos em frente ao STF e no próprio carro, próximo ao Anexo 4 da Câmara dos Deputados. O estouro de um dos dispositivos o matou. Questionado sobre a possibilidade do GDF se antecipar a atos como esse, Patury avaliou a inteligência das forças de segurança.
“A avaliação que é feita pela inteligência é bem eficaz e efetiva. Todas as manifestações passam por uma avaliação da inteligência. Então, não há a probabilidade de que um evento de grande magnitude, organizado, possa acontecer aqui no DF. Somos a capital do país, a segunda mais segura do país”, disse.
“Mas, a possibilidade de que pessoas não-articuladas, como o lobo solitário, isso acontece em qualquer lugar do mundo. É claro que, existe tecnologia que permite o rastreamento em fontes abertas, mas, as vezes, há pessoas que têm, inclusive, problemas de saúde mental e resolvem fazer esse tipo de manifestação e muitas vezes não fica claro que ela realmente está falando a verdade. Nesse rastreamento de internet, você pega milhares de situações. Milhares de pessoas que falam o que não devem na internet. Então, toda e qualquer avaliação de risco, onde a inteligência verifique que há um perigo, a gente prontamente atua no caso”, completou.
O secretário ainda disse que, apesar do rastreamento, a maioria das postagens é “trote”. “A maioria absoluta das postagens são pessoas que falam, sem sentido, sem cognição, sem entender o quão nefasto é aquilo. é como se fosse um trote”.
Assista à entrevista completa:
A Polícia Federal (PF) investigará o caso como um ato terrorista. O inquérito ficará a cargo da Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Diretoria de Inteligência da corporação.