Secretário de Saúde Fábio Gondim tenta incrementar seu já saudável salário de R$ 30 mil com jeton de R$ 8 mil do BRB
Banco Central, no entanto, não aprovou sua indicação. Pediu mais informações a respeito dos processos a que responde referentes ao período em que trabalhou como secretário de Planejamento do Maranhão
atualizado
Compartilhar notícia
Requisitado do Senado Federal e mantido às expensas do Governo do Distrito Federal, o secretário de Saúde do DF, Fábio Gondim, recebe a remuneração máxima de um servidor público local, o chamado teto do funcionalismo, um salário de R$ 30.471,10.
Mas, desde 1º de dezembro do ano passado, Gondim tenta incrementar sua remuneração em R$ 8 mil. Ele foi indicado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) para assumir um cargo de membro do conselho fiscal da Financeira Banco de Brasília (BRB).No entanto, o arranjo para deixar a situação de Gondim ainda mais tranquila e favorável está travado. Isso porque todos os perfis que são indicados para ocupar cargos no comando ou no conselho do BRB têm de passar, primeiro, por aprovação do Banco Central.
E, embora, o processo de Gondim tenha sido enviado ainda no ano passado, o secretário do DF não foi aprovado pela instituição. O Banco Central pediu mais informações sobre os processos que Gondim responde referentes ao período em que participou do governo do Maranhão, como secretário de Planejamento e Orçamento.
A função de conselheiro do BRB obriga Gondim a participar de apenas uma reunião por mês. Se conseguir a nova atribuição, ele receberá um incremento que elevará seu salário a R$ 38,5 mil, 64% a mais do que ganha o próprio governador do DF (R$ 23.449,55) e, praticamente, o dobro dos vencimentos do vice-governador Renato Santana (R$ 20.743,83).
A disposição de Rollemberg em melhorar a condição financeira de seu subordinado existe porque, quando Gondim se licenciou do Senado para trabalhar na Secretaria de Saúde, ele perdeu uma parte de seu salário, como consultor. Na esfera federal, o teto de R$ 33.763,00 é maior do que no DF e se equipara ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Mas, apesar de toda a boa vontade do governador, o Banco Central ainda carece de informações técnicas para referendar a indicação política que promete injetar vigor no já saudável salário do secretário de Saúde do Distrito Federal.
A coluna tentou entrar em contato com o secretário Fábio Gondim, mas até a publicação da matéria, ele não retornou à reportagem.