A rede pública de saúde do Distrito Federal tem apenas 100 psiquiatras para atender toda a população da capital do país que precisa do serviço especializado.

O número foi confirmado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) à coluna Grande Angular. A quantidade é insuficiente para prestar atendimento de qualidade, considerando que 65% dos 3 milhões de habitantes do DF são usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (Sindmédico-DF).

“Como médico, representante e uma classe uma classe que enfrenta condições difíceis de trabalho, asseguro que uma população adoecida física e mentalmente, dificilmente conseguirá atingir bons níveis de bem-estar e desenvolvimento”, afirmou o presidente do Sindmédico-DF, Gutemberg Fialho.

A Secretaria de Saúde explicou que o atendimento em saúde mental é realizado em diferentes níveis, mas o cidadão deve procurar, prioritariamente, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) da região onde mora.

“Os 18 CAPs são destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial”, afirmou a pasta.

A secretaria pontuou que o atendimento nos CAPS ocorre por demanda espontânea (comparecimento do usuário direto nos centros) ou via encaminhamento por outros dispositivos da rede de saúde ou da rede intersetorial (Assistência Social, Educação, Justiça)”.

A pasta enfatizou que a assistência em saúde mental é realizada por equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar, composta, além de psiquiatras, por clínicos, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, equipe de enfermagem, farmacêuticos, a depender da modalidade do CAPS.

“Ressaltamos que nas situações de emergência psiquiátrica a população deve buscar atendimento pelo Samu, UPA ou pronto-socorro dos hospitais gerais”, disse.