metropoles.com

Robson Cândido teria escalado casa de suposta ex-amante e socado vidro

Ex-delegado-geral está preso acusado de cometer diversos crimes contra mulher, como stalking, violência doméstica e grampo ilegal

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Robson Cândido
1 de 1 Robson Cândido - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ex-delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Robson Cândido (foto em destaque) teria escalado o muro e a varanda da casa da suposta ex-amante para “forçar um contato pessoal na porta do quarto da mulher”. A informação consta em um documento de 67 páginas apresentado pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) à Justiça local.

Cândido está preso e acusado de cometer diversos crimes contra a vítima, como stalking (perseguição), violência doméstica, grampo ilegal, peculato e corrupção passiva.

O sigilo do processo foi derrubado pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Águas Claras nesta sexta-feira (17/11).

Conforme a ação, em agosto último, vigilantes fotografaram um carro da PCDF usado pelo ex-delegado-geral parado perto da casa da vítima. Na ocasião, testemunhas encaminharam à denunciante o telefone de um batalhão da Polícia Militar para que ela pedisse socorro.

Frame conversa no Whatsapp- Metrópoles

Ainda segundo o documento, em outro episódio de invasão à residência da suposta ex-amante, Robson esmurrou a janela da casa da vítima, trincando o vidro.

Veja:

De acordo com o MPDFT, a vítima, assustada com a situação, mudou de endereço. Contudo, a atitude não teria sido suficiente para impedir que Robson a procurasse.

Aposentadoria

Robson Cândido anunciou a aposentadoria pouco depois de o caso ser divulgado. Ele atuou como chefe-geral da PCDF por quatro anos e nove meses. No entanto, deixou o cargo em 3 de outubro último, um dia após a esposa e a vítima, que alegou ser ex-amante dele, registrarem denúncia na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).

Para embasar as acusações, promotores de Justiça reuniram elementos para sustentar que o investigado perseguiu a denunciante, surpreendeu-a diversas vezes na rua e em locais frequentados por ela, além de ter mantido grampos ilegais em aparelhos eletrônicos da vítima, mesmo depois de deixar o cargo máximo da PCDF.

Ajuda de outro delegado

Na denúncia, os representantes do MPDFT também afirmaram que o delegado teria usado sistemas restritos das forças de segurança para monitorar a suposta ex-amante e tentar contato com ela, inclusive com ajuda do então chefe da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte), Thiago Peralva.

O delegado é suspeito de inserir os dados da denunciante em um sistema de monitoramento, sem autorização, e também foi denunciado pelo MPDFT. Ele está afastado das funções e usa tornozeleira eletrônica por ordem da Justiça.

O Ministério Público acusou Thiago de interceptar, sem permissão judicial, o celular da vítima, a pedido do ex-delegado-geral. Ele e Robson Cândido teriam feito “manobras” nos autos de um processo criminal para inserir o telefone da denunciante em ações de monitoramento de suspeitos por tráfico de drogas.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?