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Representantes dos oficiais da Abin apontam defasagem salarial de 58%

A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin diz que salário no fim da carreira é de R$ 23,6 mil; na PF, é de R$ 30,9 mil

atualizado

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Antonio Cruz/Agência Brasil
Em imagem colorida, a fachada da sede da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, em Brasília
1 de 1 Em imagem colorida, a fachada da sede da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, em Brasília - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) diz que a defasagem salarial da carreira de oficial de inteligência é de 58,89%, em relação à inflação. O dado consta em um documento elaborado pela Intelis para subsidiar pedido de reajuste, ao qual a coluna teve acesso.

Segundo a Intelis, um oficial de inteligência no fim da carreira tem salário de R$ 23,6 mil, enquanto delegados e peritos da Polícia Federal na mesma situação ganham R$ 30,9 mil. Veja:

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Progressão e promoção nas carreiras da Abin e da PF

Além da defasagem salarial em relação à inflação, a Intelis diz que há “grave evasão” do quadro de servidores, que estão sobrecarregados e impossibilitados de “cobrir todas as ameaças da política nacional de inteligência (PNI)”.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) conta com 1.088 cargos efetivos de nível médio e superior ocupados. Há outras 3.484 vagas desocupadas. Considerando que o total de cargos previstos para o órgão é de 4.572, a vacância é de 76%.

A Abin é responsável por “planejar, executar ações, inclusive sigilosas, relativas à obtenção e análise de dados para a produção de conhecimentos destinados a assessor o presidente da República”.

Entre as atribuições do órgão, está prevista a “proteção de conhecimentos sensíveis, relativos aos interesses e à segurança do Estado e da sociedade”. Também cabe à Abin “avaliar ameaças, internas e externas, à ordem constitucional”.

Reajuste

O governo federal propõe aumento salarial linear de 8% para todos os servidores federais. A PF, porém, solicitou aumento de até 80%. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, encaminhou ao governo federal a proposta de reestruturação, elaborada pelos sindicatos que representam as diferentes carreiras da corporação.

A Intelis reivindica recomposição salarial isonômica com as demais carreiras do Estado. Segundo a entidade, o aumento representaria impacto de R$ 135 milhões a partir de julho de 2023. “Esse montante representa apenas 1,2% dos R$ 11,5 bilhões previstos na Lei Orçamentária Anual para este fim”, argumentou.

Para 2024, o impacto orçamentário da recomposição dos oficiais de inteligência da Abin seria de R$ 320 milhões. Em 2025, subiria para R$ 370 milhões.

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