Recursos da Regional de Ensino do Plano Piloto crescem 12.000% em 7 anos
A Regional de Ensino do Plano Piloto pagou reforma de prédio no valor de R$ 5 milhões e fez compras de comida e camisetas, por exemplo
atualizado
Compartilhar notícia
Os recursos destinados à Regional de Ensino do Plano Piloto, por meio do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), cresceram 12.000% em sete anos, de 2013 a 2020.
Recentemente, a coluna Janela Indiscreta, do Metrópoles, revelou que esse dinheiro pagou a reforma de um prédio e a compra de bolos, camisetas e balinhas personalizadas. O recurso deveria custear apenas pequenos reparos em escolas e a aquisição de materiais permanentes para as unidades de ensino.
Dados obtidos pela coluna Grande Angular, por meio do site Siga Brasília, mostram que a Regional de Ensino do Plano Piloto recebeu, em 2013, R$ 162,5 mil por meio do Pdaf. Já em 2020, o valor subiu para R$ 19,4 milhões. Portanto, houve aumento de quase 12.000% no período.
Outros órgãos não tiveram o mesmo incremento. É o caso da Regional de Ensino de Taguatinga, por exemplo, que registrou acréscimo de 3.082% no mesmo período. O órgão recebeu R$ 406,6 mil em 2013, e R$ 12,9 milhões em 2020.
A gestão do dinheiro do Pdaf pela Regional de Ensino do Plano Piloto é investigada pela Controladoria-Geral do DF (CGDF) e pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
Mas, como noticiou a coluna Janela Indiscreta, R$ 5 milhões foram usados de forma irregular para a reforma de um prédio histórico de Brasília. Também há supostas irregularidades em compra de bolos, camisetas, máscaras e até de balinhas personalizadas.
Após as revelações, a coordenadora da Regional de Ensino do Plano Piloto, Edilene Maria Muniz de Abreu, foi exonerada do cargo, na quarta-feira (4/8).
Acionada pela Grande Angular, a Secretaria de Educação ainda não retornou o contato da reportagem. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.