Quem é Cláudio Tusco, delegado da PF sondado para assumir a SSP-DF
Cláudio Tusco é delegado da Polícia Federal há 17 anos. Antes, foi escrivão da PCDF
atualizado
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O delegado da Polícia Federal (PF) Cláudio Tusco foi sondado por interlocutores do PT, na terça-feira (17/1), para assumir a chefia da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
O governo federal procura um nome para indicar à chefia da SSP, e Cláudio Tusco surgiu como uma opção para comandar a pasta. Ele tem histórico de ligação com a esquerda, tendo participado de vários fóruns de discussão promovidos pelo PT e que são abertos para quem não é filiado.
Natural de Cachoeira do Sul (RS), Cláudio Tusco mora em Brasília desde 1988 e é delegado da PF há 17 anos. Ele conhece a segurança pública do DF e tem bom trânsito com as corporações locais, isso porque trabalhou com o ex-secretário Sandro Avelar e já foi escrivão da Polícia Civil do DF, por seis anos. Antes, atuou na área de informática do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também fica em Brasília.
O delegado conheceu o principal interlocutor do governo federal no DF, o interventor Ricardo Cappelli, quando Cappelli era da União Nacional dos Estudantes (UNE). Nas eleições de 2010 e 2014, Cláudio Tusco fez doações para candidatos do PT.
Atualmente, Cláudio Tusco está lotado na Academia Nacional da PF. Mas ele já está de saída para ocupar uma função no governo federal.
Crise na segurança
A SSP-DF passa por uma crise institucional desde a invasão e depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 8 de janeiro. A SSP-DF era a responsável pela segurança da área, que falhou durante os atos de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).
O então secretário de Segurança Pública, delegado da PF Anderson Torres, foi exonerado do cargo no mesmo dia. Ele acabou preso, no último sábado (14/1), suspeito de envolvimento nos atos terroristas.
A Secretaria de Segurança Pública do DF está acéfala desde a semana passada. O presidente Lula (PT) decretou intervenção federal na área de segurança da capital do país, até o dia 31 de janeiro.