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Projeto que acaba com carros oficiais anda a marcha lenta no Senado

Proposta do senador Reguffe (sem partido-DF) restringe o benefício apenas ao presidente da República. Texto aguarda análise da CCJ

atualizado

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Ana Volpe/Agência Senado
carros oficiais senado
1 de 1 carros oficiais senado - Foto: Ana Volpe/Agência Senado

O projeto de lei que prevê o fim da farra de gastos com carros oficiais e combustíveis anda a marcha lenta no Senado Federal. A proposta tenta acabar com o benefício para deputados federais, senadores, ministros e quadros de chefia nos órgãos públicos de todas as esferas. Apenas o presidente da República, por ser chefe de Estado, teria direito, segundo o texto.

“Em síntese: a partir desse breve panorama dos Poderes da União, incluindo o Ministério Público da União, certamente ultrapassa a casa dos milhares o número de pessoas que gozam de veículo oficial, combustível e sua manutenção completa, custeados pelos impostos recolhidos por toda a população brasileira”, registra a justificativa da proposição apresentada em 2018.

O autor da medida é o senador José Antônio Reguffe (sem partido-DF), congressista que abriu mão do carro e do combustível – além dos outros benefícios – ao tomar posse, em fevereiro de 2015. Também não usam veículo oficial Confúcio Moura (MDB-RO), Eduardo Girão (Podemos-CE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Cajuru (PSB-GO).

Nesse domingo (7/4), o Metrópoles noticiou que, somente no ano passado, os 84 carros oficiais do Senado Federal rodaram quase 1,2 milhão de quilômetros pelo Distrito Federal. Apenas para o abastecimento, foram desembolsados mais de R$ 606 mil pela Casa. O gasto já está incluso no contrato de locação com a empresa Quality Frotas, no valor de R$ 8,6 milhões. A vigência vai até 2020.

“Esses carros oficiais são um absurdo. Esse ‘enxame’ de veículos de representação que existe no Brasil não tem paralelo no mundo. Isso é um desrespeito ao contribuinte”, disse Reguffe à coluna.

A proposta aguarda análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal (CCJC).

Colaborou Caio Barbieri

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