metropoles.com

Preso por criticar STF é filho de subprocuradora-geral da República

O advogado Cristiano Caiado de Acioli manifesta opiniões políticas no Twitter e já participou do programa do SBT Em Nome do Amor

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Facebook/Reprodução
Cristiano Acioli
1 de 1 Cristiano Acioli - Foto: Facebook/Reprodução

Preso nesta terça-feira (4/12) após fazer críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, o advogado Cristiano Caiado de Acioli (foto em destaque) é filho da subprocuradora-geral da República aposentada Helenita Amélia Gonçalves Caiado de Acioli.

O advogado tem registro na Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal (OAB-DF), é irmão do procurador da República Bruno Caiado Acioli e já participou do extinto programa Em Nome do Amor, do SBT.

Em sua conta no Twitter, Acioli manifesta suas opiniões políticas: apoiador do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ele publica com frequência posições de desaprovação aos membros do STF. Em alguns posts, critica os ministros do STF Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

 

3 imagens
Em sua conta no Twitter, Acioli manifesta-se contra o ministro do STF Gilmar Mendes
E Dias Toffoli também
1 de 3

O advogado é apoiador do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL)

Reprodução/Twitter
2 de 3

Em sua conta no Twitter, Acioli manifesta-se contra o ministro do STF Gilmar Mendes

Reprodução/Twitter
3 de 3

E Dias Toffoli também

Reprodução/Twitter

 

Prisão
Nesta terça (4), Acioli direcionou a palavra a Lewandowski dentro de um avião. Ao chamar o jurista pelo sobrenome dentro da aeronave, ele disse que o “Supremo é uma vergonha” e que “tem vergonha de ser brasileiro ao ver a Corte”. O ministro então retruca: “Vem cá, você quer ser preso?”.

Em outro vídeo, o advogado continua as críticas. Acioli explica a outros passageiros que o ministro o ameaçou de prisão “tão somente” porque exerceu “a liberdade constitucional”. “Eu, enquanto cidadão, gostaria de deixar a minha nota particular de desagravo porque a gente ainda vive em uma democracia”, completou.

Logo em seguida, Acioli faz referências aos ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. “Eu não sou um presidiário tentando dar entrevista. Não sou uma presidenta que vocês estão querendo dividir ou não meus direitos políticos. Sou apenas um cidadão que me dirigi respeitosamente ao ministro Lewandowski para fazer uma crítica do que sinto ou penso. Eu amo o Brasil”, afirmou.

É inadmissível em uma pessoa que deveria ser a guardiã da Constituição. Eu faço a pergunta aos senhores: se agora a gente fala isso, quem está acima do Supremo? Quem é que vai responder pelos atos do ministro de ter ameaçado me prender? Como ninguém pode sentir vergonha do Supremo?

Cristiano Caiado de Acioli, advogado

Acioli foi encaminhado à Superintendência Regional do Distrito Federal (SRDF) e liberado à tarde. De acordo com o advogado que o representa, Ricardo Vasconcellos, o cliente apenas “criticou o STF no direito constitucional como cidadão”.

Para Vasconcellos, o caso configura “violação absurda de direitos e garantias do cidadão e das prerrogativas de advocacia”.

O diálogo foi registrado em vídeo:

Confira a manifestação de Acioli após Lewandowski mandar chamar a PF:

Veja declaração do advogado Ricardo Vasconcellos

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?